quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Cooperativa Lar e CDR/Foz assinam acordo de cooperação



Em cerimônia realizada nessa terça-feira (14), a direção da Cooperativa Agroindustrial Lar, de Medianeira, e representantes da Secretaria de Estado da Justiça (Seju) assinaram um convênio de cooperação para o emprego de mão-de-obra dos detentos do Centro de Detenção e Ressocialização de Foz do Iguaçu. Inicialmente, 45 presos com direito ao cumprimento da pena em regime semi-aberto serão empregados na Unidade de Aves de Matelândia.

Como explicou o diretor-presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues, a iniciativa será estendida também aos familiares dos apenados. “Fomos procurados pela direção do CDR de Foz do Iguaçu e aceitamos a proposta de colaborar com a ressocialização dos presos. Esta é uma nova oportunidade que será dada a eles para que possam voltar ao meio social com dignidade”, observou.

Participaram do evento na sede da Cooperativa cerca de 80 pessoas, entre elas a presidente do Conselho da Comunidade de Foz do Iguaçu, Luciane Ferreira, e a secretária do Conselho da Comunidade, Fabiula Wurmeister, jornalistas da região, servidores estaduais e municipais de Medianeira, agentes penitenciários do CDR/Foz e da PEF e funcionários da Cooperativa Lar. "O Conselho da Comunidade apoia esta iniciativa inédita na região e estuda a possibilidade de ampliar o convênio afim de incluir também as mulheres detidas na Cadeia Publica Laudemir Neves", comentou Luciane.


De acordo com o coordenador geral do Departamento Penitenciário do estado, Cezinando Vieira Paredes, o Paraná conta atualmente com uma população carcerária de mais de 14 mil pessoas. “Desses, apenas cerca de 3,5 mil trabalham nas próprias unidades ou fora delas. O número ainda é muito pequeno diante da oferta de mão-de-obra que poderia ser ocupada em parcerias como a que estamos oficializando com a Lar.”



O diretor do CDR/Foz, Alexandre Calixto da Silva, lembrou que o acordo faz parte da política de humanização do sistema penitenciário que vem sendo desenvolvida pela Seju, representada no evento, pelo senhor Ideivalter Gomes Carvalho. A expectativa é que pelo menos 200 detentos possam ser beneficiados. Cada preso receberá um salário mínimo e mais vale-alimentação de R$ 90, além da remissão da pena conforme o número de dias trabalhados.


Texto: Fabiula Wurmeister
Fotos: Roberto Marin/Lar

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