domingo, 5 de junho de 2011

Governo lança projeto de música nas penitenciárias


CURITIBA - Será lançado nesta segunda-feira (6), na Penitenciária Feminina do Paraná, em Piraquara, o projeto Artes Musicais, que prevê a formação de um coral feminino, integrado por 50 detentas, além de oficinas de educação e profissionalização musical, inicialmente com cursos de violão e guitarra. O coral formado por presos da Colônia Penal Agrícola do Paraná participa da solenidade.

Para o funcionamento do projeto foi adaptada uma sala na própria penitenciária feminina, onde serão realizados os ensaios do coral e as aulas de música. Ali já estão mais de 100 instrumentos musicais, no valor de R$ 18 mil, doados pelo juiz de Direito Erivaldo Ribeiro dos Santos, membro do Conselho Nacional de Justiça. São 50 flautas, 25 violões, 10 guitarras, oito pandeiros, cinco cavaquinhos e quatro tamborins, além de outros instrumentos e equipamentos musicais.

O dinheiro aplicado na compra dos instrumentos é parte do Prêmio Inovvare, conquistado pelo juiz Erivaldo Ribeiro dos Santos em 2010, e que ele dividiu entre os presídios femininos do Paraná e do Espírito Santo. A premiação tem como objetivo identificar, premiar e disseminar práticas inovadoras para aumentar a qualidade da prestação jurisdicional e contribuir com a modernização da Justiça brasileira.

O Estado tem um compromisso assumido internacionalmente com relação aos direitos humanos. Quando é proporcionada à pessoa privada de liberdade a oportunidade de trabalhar, estudar, de obter formação profissional e acesso à cultura e à arte no ambiente prisional, estamos investindo em segurança pública”, diz Santos.

CIDADANIA – O projeto de musicalização é parte do Programa de Arte, Bem-estar e Qualidade de Vida, e será estendido para outras unidades penais do Paraná. “Este é mais um passo para transpor os muros dos estabelecimentos penais do Estado e sensibilizar os gestores públicos e civis para promover e apoiar ações de cidadania, como a descoberta de talentos na arte musical, além de melhorar a qualidade de vida e a convivência humana no ambiente prisional”, afirma Maria Tereza Uille Gomes, secretária da Justiça e da Cidadania do Paraná.


Dentro dos presídios paranaenses são desenvolvidos vários projetos na área de educação, trabalho e profissionalização, todos voltados à reinserção social das detentas. “É um trabalho silencioso que ocorre dentro dos presídios, do qual a sociedade tem pouco conhecimento, mas que tem bons resultados”, destaca a diretora da Penitenciária Feminina do Paraná, Rita de Cássia Costa Nauman.

A assessora de Planejamento e Projetos da Secretaria da Justiça, Rosimeiry Mostachio, idealizadora do projeto de musicalização, lembra que, ao cumprir pena, a pessoa é privada do direito à liberdade, mas mantém os demais. “Investir no desenvolvimento integral dessas pessoas tem aspectos positivos, tanto institucionais quanto terapêuticos. A vida continua dentro da prisão. Ações dessa natureza contribuem para que as detentas resgatem sua autoestima, amenizem a angústia e mantenham-se ocupadas”, avalia.

A Penitenciária Feminina do Paraná tem atualmente 400 internas e 70% delas participam de alguma atividade. Além de darem continuidade aos estudos, elas têm oportunidade de participar de canteiros de trabalho montados pela iniciativa privada no presídio 
 
Fonte: Agência Estadual de Notícias

1 comentários:

Escola de música disse...

sou professor de musica isso deveria ser implantado em foz de iguaçu

email: oficina_musicalfoz@hotmail.com
tel: 45 3578-4987

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