sexta-feira, 16 de julho de 2010

CNJ aplaude presidio feminino

CNJ aplaude presidio feminino




Com 78 detentas nos regimes fechado, semi-aberto e provisório, a Penitenciária Feminina de Manaus surpreendeu o Coordenador Nacional do Mutirão Carcerário, juiz Douglas Mello Martins, quando sua diretora, Suely Borges, revelou que naquele presídio existe 100% de ocupação profissional e educacional das detentas. “Isto é uma das coisas mais bonitas que eu já vi no sistema penitenciário. Vou falar isso no Brasil inteiro”, festejou o magistrado depois de uma inspeção de mais de seis horas, que começou no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (COMPAJ) e prosseguiu pela Penitenciária Feminina que integra o Complexo


Nos dois presídios, Douglas conversou com diretores, percorreu todos os departamentos, oficinas de artesanato, de costura, de pão, salas de aula e até uma horta cuidada pelos detentos. Na avaliação que fez do terceiro dia de visita aos presídios de Manaus, o coordenador do Mutirão Carcerário disse que o Compaj também é uma penitenciária que possui condições estruturais boas, principalmente no quesito Educação. Com a Escola Estadual Giovanni Figliuolo instalada dentro do presídio, com cinco salas climatizadas, o complexo oferece cursos do 1º ano do Ensino Médio para 189 alunos, além de 24 matriculados no curso de informática, que este ano vai dar certificação, explicou a gestora da escola, professora Kelly Cerquinho. Ele também conversou com detetentas, entre elas Renilda, a chefe da panificadora que, provocada pela diretora Suely, revelou quais os seus planos para quando ganhar liberdade:

— Antes você queria ir trabalhar numa panificadora e agora, quais são seus planos, Renilda? – perguntou a diretora.

— Ah, agora eu quero ser dona do meu próprio negócio. Eu amo fabricar pão e descobri isso aqui dentro. Não faço isso obrigada. Faço porque sou apaixonada pelo meu trabalho, eu mesmo crio as minhas receitas – disse entusiasmada a interna, oferecendo aos visitantes uma bandeja de pão que acabara de sair do forno.


Por: Christhian Naranjo

Fonte: CNJ

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