“Sei que o Senhor manterá a causa do oprimido e o direito do necessitado.” (Sl 140, 12)
Estar privado de liberdade implica, na prática, em estar privado de uma série de direitos. Mesmo asseguradas em lei, garantias à saúde, à educação, à cidadania e à qualidade de vida digna nem sempre são respeitadas pelo Estado, entidade responsável pelos encarcerados. O espírito cristão, por sua vez, nos chama a assumir o compromisso com o próximo. No corpo da Igreja Católica, este papel se fortalece na atuação da Pastoral Carcerária.
Com cerca de 1,5 mil detentos nas três unidades prisionais, Foz do Iguaçu conta com uma população carcerária carente de diversos direitos. Uma parcela desta deficiência do Estado vem sendo suprida pelo trabalho conjunto da Pastoral Carcerária Diocesana e do Conselho da Comunidade de Foz do Iguaçu. Juntas, as duas entidades têm desenvolvido ações que objetivam humanizar a vida atrás das grades.
“Quando Jesus diz ‘Estive preso e me visitaste’ (Mt 35,36), define a dimensão do amor e do serviço do cristão. Precisamos de uma Igreja acolhedora e cheia de misericórdia. Devemos ter compaixão para com os que sofrem, os que são marginalizados, os que são discriminados, os que perecem, procurando acolhê-los e oferecendo esperança e dignidade”, observa a presidente do Conselho da Comunidade e coordenadora da Pastoral Carcerária da Paróquia Bom Jesus do Migrante, Luciane Ferreira.
Na edição em que a Campanha da Fraternidade traz como tema a Segurança Pública, as duas entidades definiram uma série de atividades voltadas para esta conscientização. Além das visitas periódicas de evangelização, a pastoral organizou a celebração do dia 21 de março, na Paróquia Bom Jesus do Migrante, e participou de um dia de ação social para as 129 mulheres detidas na Cadeia Pública Laudemir Neves.
Ainda durante o ano, estão programadas missas em várias paróquias, atividades de saúde, valorização e capacitação profissional na Penitenciária Estadual, no Centro de Detenção e Ressocialização e na Cadeia Pública, assim como a entrega de cestas básicas aos familiares dos presos e orientação jurídica aos detentos das três unidades. A Pastoral Carcerária espera contar com a participação de toda a comunidade.
Fabiula Wurmeister
Conselho da Comunidade
Texto publicado no Jornal - A Ponte
Paróquia Bom Jesus do Migrante -
Jardim Amércia
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