sábado, 12 de março de 2011

Polícia transfere 50 presos da 6ª SDP para o Cadeião



Cinquenta presos que superlotavam a carceragem da 6ª SDP (Subdivisão Policial) foram transferidos à Cadeia Pública Laudemir Neves (CPLN) na tarde desta sexta-feira. A partir de segunda-feira, mais 13 detentos que permaneceram nas celas deverão ser removidos a outras unidades prisionais de Foz do Iguaçu.

Desde o fim do ano passado, a Polícia Civil tem mantido presos em sua custódia por causa da interdição do cadeião, que não pode receber mais de 320 detentos. A restrição na CPLN destinada a presos provisórios, em Três Lagoas, refletiu na 6ª SDP.

A delegacia sofre com a superlotação há pelo menos 90 dias. Ontem, a carceragem chegou a abrigar 63 presos, acusados dos mais diferentes crimes, como tráfico, roubo e furto. O número de detentos era quase 13 vezes superior a capacidade projetada de cinco pessoas.

O problema se agravou com o feriado prolongado de Carnaval quando ocorreram várias prisões e autuações em flagrante na delegacia. Para tornar a situação menos crítica, a polícia solicitou à Justiça, que concedeu, a autorização para removê-los.

Nesta sexta, um forte esquema de segurança foi montado para transferir dezenas de criminosos. Equipes da Polícia Civil, com o apoio da Polícia Federal e do Departamento Penitenciário, transportaram os detentos do Polo Centro a Três Lagoas, um percurso de quase dez quilômetros.

Insalubre

A estrutura precária da unidade tornou perigosa e insalubre a manutenção de dezenas de presos no local, além de colocar em risco a segurança dos funcionários da subdivisão. A situação piorou devido às altas temperaturas registradas no verão da fronteira.

Segundo a polícia, a carceragem da 6ª SDP é destinada a presos provisórios que podem ficar no local, em média, 24 horas até ser autuados em flagrante ou enquanto estão sob a investigação policial.

O grupo abrigado na unidade não pode receber visitas íntimas ou de familiares, é privado do banho de sol e só recebe a alimentação fornecida pela cozinha da cadeia pública porque não está numa cadeia.

Antes da remoção, o número de internos nas celas da Polícia Civil era recorde. Investigadores se revezam para fazer a guarda dos presos e a segurança na delegacia.


Fonte e Foto: A Gazeta do Iguaçu
Edição: 6804 - 12 de Março de 2011
Gilberto Vidal - Reportagem

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