sexta-feira, 11 de julho de 2014

Agência de emprego dá segunda chance a ex-detentos

Agência de emprego dá segunda chance a ex-detentos

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Recomeçar a vida pessoal e profissional após uma ruptura é sempre uma experiência difícil. O que dizer se esta mesma experiência está carimbada em todos os seus documentos, para sempre? Pensando nisso, surgiu o Projeto Empregabilidade, desenvolvido pelo grupo cultural Afroreggae, em 2008, no Rio de Janeiro, sob a coordenação executiva de José Júnior, 46 anos.


A iniciativa, que propunha apenas a reinserção de ex-presidiários no mercado de trabalho, cresceu de tamanha forma que, em abril deste ano, tornou-se um braço institucional do Afroreggae. Nascia a agência de empregos Segunda Chance. A equipe é formada por 12 ex-detentos – todos contratados. Em São Paulo, o trabalho de reinserção começou no ano passado, com cinco funcionários, também ex-presidiários.

Em 2013, o projeto atendeu 3.099 egressos do sistema prisional e conseguiu empregar 15% deles ou 464 pessoas. “O maior objetivo é empregar ex-presidiários, seus familiares e outras pessoas em vulnerabilidade social no mercado de trabalho, além de oferecer capacitação e qualificação profissional”, explica Daniela Pereira da Silva, 36 anos, ex-detenta e uma das coordenadoras da agência Segunda Chance no Rio de Janeiro.

Como funciona a triagem

Depois de um processo seletivo, os que buscam uma oportunidade no Segunda Chance são encaminhados para mais de 50 empresas parceiras da entidade, nas áreas de terceirização de mão-de-obra, logística, supermercados, restaurantes, lanchonetes fast-food, lojas de roupas e estacionamentos.
De acordo com Chinaider Pinheiro, 39 anos, coordenador da agência em São Paulo e igualmente um ex-detento, “a capital paulista tem aproveitado muita mão-de-obra na área mecânica e, de 15 vagas oferecidas ao setor, 14 foram realocadas no mercado de trabalho”.
No futuro, além de Rio e São Paulo, o projeto pode se estender para outros Estados, como Minas Gerais. “O nosso diferencial é termos uma equipe de trabalho e acolhimento formada por ex-detentos. Todos compreendem o que cada um está passando, as dificuldades e os obstáculos. Se nós conseguimos, eles irão conseguir. Na maioria das vezes, eles precisam apenas de uma oportunidade, um primeiro passo para mudar de vida”, finaliza Daniela.

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Fonte: Terra

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