Suzane Richthofen ocupou as manchetes dos jornais na última semana, ao anunciar que se casou no presídio em que cumpre pena desde que foi cúmplice na morte dos pais. Bem longe do presídio de Tremembé, outros detentos ganham destaque, mas, nesse caso, no mundo da moda. Isso porque uma parceria do estilista paulistano Valdemar Iódice e da mineira Raquell Guimarães levará peças de tricô confeccionadas por presos ao desfile da Iódice no São Paulo Fashion Week Inverno 2015, que começa nesta segunda-feira (3).
Detentos fazem parte de projeto que busca inclusão social Fonte: Divulgação |
A grife, que ficou dois anos afastada da semana de moda paulista, apresentará coleção inspirada na tribo Woodabe, originária da Nigéria, com peças que dialogam com o universo africano por meio do crochê. No desfile serão apresentadas 20 peças feitas por oito detentos de penitenciárias de segurança máxima em Minas Gerais, que cumprem penas que ultrapassam 20 anos.
Participação dos detentos no desfile
Quatro dos oito presos que confeccionaram as peças viriam a São Paulo para participar do desfile da Iódice, mas a ideia não pôde ser concretizada devido à burocracia para transportá-los. Eles precisariam ser escoltados de Minas até São Paulo e dormir em um presídio paulistano, para depois voltarem ao Estado mineiro. A dificuldade da logística, no entanto, impediu a ideia.
A iniciativa de confeccionar peças faz parte do projeto Flor de Lótus, criado em 2009 por Raquell Guimarães, com o objetivo de ensinar técnicas de tricô e crochê a detentos de presídios em Minas Gerais e incluí-los socialmente. A estilista, que é dona da Doisélles, mantém contrato com as penitenciárias para produção de peças para sua grife.
A coleção Inverno 2015 da Iódice será apresentada no SPFW nesta quarta-feira (5), às 20h.
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Fonte: Moda.Terra
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