A iniciativa da criação do coral foi da diretoria da penitenciária. “Os integrantes foram escolhidos inicialmente por aptidão e algum conhecimento de música. Depois, passamos perguntando quem mais se interessava pela atividade”, contou o diretor da casa, André Romera. “Depois do sucesso do grupo, já existe até lista de espera”, comentou o diretor, contabilizando 20 nomes de detentos que aguardam ser chamados para o coral. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio do programa Começar de Novo, fomenta ações desse tipo, que buscam a reintegração social dos detentos.
Os presos têm duas horas de aula de música, de segunda a sexta-feira. O treinamento é feito pelo agente penitenciário Adilson Lucas, que é mestre em música. O resultado da dedicação está nos convites feitos frequentemente para que o coral se apresente em eventos da cidade e até da capital. No final do ano passado, o grupo foi aplaudido de pé no 1º Seminário de Direitos Humanos, realizado em Curitiba pela Secretaria de Estado de Justiça, em parceria com a Universidade Federal do Paraná.
De acordo com o diretor Romera, ainda neste semestre, o Coral da Penitenciária Industrial de Cascavel deve contar com 30 integrantes. “O trabalho está dando certo e é tão aplaudido, então vamos expandir para envolver mais pessoas”, comemorou. A Penitenciária Industrial de Cascavel tem capacidade para 360 presos em regime fechado e atualmente opera em sua capacidade máxima.
Waleiska Fernandes
Agência CNJ de Notícia
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