terça-feira, 10 de agosto de 2010

Interdição da Cadeia Pública de Foz


Superlotação provoca interdição da Cadeia Pública de Foz

Local também sofre com falta de funcionários. Dos 325 presos, 154 são mulheres, que contam com apenas uma agente feminina trabalhando.




A justiça interditou na segunda-feira (9) a Cadeia Pública Laudemir Neves, de Foz do Iguaçu, no Oeste do estado. Os problemas apontados pela juíza da vara de execução penal, Luciana Assad Luppi Ballalai, foram a superlotação e a falta de funcionários específicos para algumas funções, determinantes para a decisão de interditar a cadeia.

A capacidade da cadeia é para 152 presos. De acordo com o telejornal Bom Dia Paraná, da RPCTV, 325 pessoas estão presas no local, sendo que 154 são mulheres e existe apenas uma agente feminina trabalhando. Elas estão confinadas em apenas duas galerias, com sete celas cada, onde deveriam estar pouco mais de 70 presas provisórias.

Segundo o diretor da unidade, o investigador Leandro Santos, só poderão ser recebidos outros presos quando a lotação for reduzida a menos de 320 abrigados. A direção aguarda a transferência dos já condenados. As remoções mais urgentes, dos presos considerados perigosos e dos ameaçados, já foram solicitadas a outras unidades. A cadeia é vizinha à Penitenciária Estadual e ao Centro de Detenção e Ressocialização (CDR) de Foz do Iguaçu.

Problemas

Com metade das galerias desativadas depois de um incêndio em 2006, o cadeião sofre com problemas de instalação elétrica e hidráulica. Segundo a Vigilância Sanitária do município, as condições são precárias e precisam ser solucionadas urgentemente. A situação também foi relatada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) durante o Mutirão Carcerário promovido no Paraná entre os meses de fevereiro e maio. A cadeia também abriga presos encaminhados pela justiça federal. O estado será comunicado da decisão e terá de tomar medidas para resolver o problema.

A última interdição foi determinada em julho de 2008 pelo então juiz da Vara de Execuções Penais, Celso Thaumaturgo, quando a cadeia havia atingido a marca de 800 detentos. Na época, a unidade ficou impedida de receber presos durante 20 dias. Sem que o problema fosse resolvido no prazo, a decisão foi prorrogada por mais 20 dias. As ameaças de rebelião só foram controladas com a transferência de cerca de 400 presos para o CDR, inaugurado dois meses depois.


Por: Fabiula Wurmeister, da sucursal de Foz do Iguaçu, com informações do ParanáTV

Fonte: Gazeta do Povo

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