Voluntárias do Grupo de Damas Brasileiras Libanesas e da Associação Senhora Fátima entregaram ontem a Cadeia Publica de Três Lagoas, 127 kits de higiene para as presas. O pedido de ajuda foi mediado pela primeira dama de Foz do Iguaçu, Dona Tuti Ghisi. O perfil das 127 mulheres cumprindo pena em regime fechado é formado por 99% jovens, mulheres com filhos recém-nascidos e senhoras de até 70 anos, todas por tráfico de drogas. A incidência de mulheres atuadas por esse delito é o maior do país.
Entre as características, a geográfica. Foz do Iguaçu faz fronteira com o Paraguai, o maior produtor da de maconha da América do Sul. Só perde para a Colômbia, líder no refino e venda de cocaína.
“São jovens muito bonitas, mulheres gravidas e senhoras de idade avançada. Três perfis que não chamavam a atenção da polícia. A grande reincidência tornou a revista constante a estes alvos”, disse a presidente do Conselho da Comunidade e da Comissão de Direitos Humanos da OAB, advogada e voluntária, Luciane Ferreira.
Acompanharam a entrega as voluntárias Mimi Abed Ali e Hanan Al Husseini. Juntas elas conheceram a cozinha da Cadeia. A limpeza e dedicação de uma das presas chamou a atenção. A detenta contou ser reincidente de que terá que cumprir pena de 11 anos. Há mais de um não vê os filhos.
O impedimento deve-se ao contágio de doenças – entre elas a tuberculose – e o fato de a cadeia estar interditada. O enquadramento impede que mais pessoas sejam abrigadas além do número atual de presas.
Para as voluntárias, as doações devem ser mantidas até que seja regularizada a norma prevendo verba para a aquisição do kit higiene feminino. “Esperamos que em agosto o Estado inclua essa compra. Até lá dependemos exclusivamente de doações”, disse Luciane.
Material de higiene acrescenta humanidade a mulheres reclusas na Cadeia Pública Laudemir Neves - de Três Lagoas. Doações atendem á pedido mediado pela primeira dama de Foz, Dona Tuti Ghisi
Fonte: islamfoz
Reportagem e Fotos: Sônia Inês Vendrame
0 comentários:
Postar um comentário