Justiça
Paraná oferece ensino a distância para detentos do sistema prisional
Presos da Penitenciária Estadual de Cascavel poderão fazer cursos de nível técnico e formação continuada, na modalidade a distância, a partir do ano que vem. O programa foi lançado nesta sexta-feira (14/12), naquela unidade prisional. Posteriormente, será ampliado para agentes penitenciários fazerem cursos de extensão universitária e de especialização.
O primeiro curso será de informática básica. As aulas serão ministradas a distância, pela plataforma moodle, que permite a interação entre aluno e professor em fóruns, salas de bate-papo e de aula virtuais. Os presos receberão um laptop e terão acesso somente ao conteúdo proposto pelo curso, que terá carga horária de 20 horas semanais e certificação do Instituto Federal do Paraná (IFPR).
Desenvolvido pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) junto ao sistema penitenciário paranaense, em parceria com órgãos estaduais e federais, o projeto poderá ser estendido aos demais estabelecimentos penais.
A Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos estuda a viabilidade de instalar o projeto em outras unidades do Departamento de Execução Penal (Depen). A proposta da Unioeste é estender o projeto a todo o sistema prisional brasileiro, com o apoio de órgãos do Governo Federalustiça
Fonte: AEN
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
CÂMARA É PARCEIRA DA APAC DE FOZ
CÂMARA É PARCEIRA DA
ASSOCIAÇÃO DE ASSISTÊNCIA E PROTEÇÃO AO CONDENADO DE FOZ DO IGUAÇU
Em fevereiro, a
entidade inaugura a primeira casa para presas em regime semi-aberto
Voluntários da
APAC- Associação de Assistência e Proteção ao Condenado de Foz do Iguaçu se
reuniram na manhã desta quarta-feira (12), na Câmara Municipal, com presidente
do legislativo, Edílio Dall’ Agnol (PSB) e o Vereador Nilton Bobato (PCdoB). O
grupo pediu apoio da Casa de Leis nas ações de assistência social desenvolvidas
com a comunidade carcerária.
Foz do Iguaçu
será pioneira no projeto de abrigo para mulheres que cumprem pena em regime
semi-aberto. No dia 15 de fevereiro será inaugurada na região do Aparecidinha
(antigo Projeto Vida), a Casa abrigo feminina para acolhimento e ressocialização.
De acordo com a Presidente da APAC, Luciane Ferreira, é uma forma de humanizar
o sistema penal envolvendo o município, o estado e a sociedade. “Além de terem
um lar digno fora das grades, durante o dia as internas poderão freqüentar
aulas de artesanato, música e outras atividades culturais e religiosas. Também
vão receber toda a assistência jurídica, educacional e de saúde”, esclareceu
Luciane.
Também
participaram da reunião o vice-presidente da APAC, Alexandre Calixto e a
voluntária e assistente social, Helena Rozani Rickli. Inicialmente 60 mulheres
serão encaminhadas para a associação que tem por objetivo reintegrar as presas
ao convívio social. Todas terão de seguir uma disciplina também na organização
da casa e colaborar com tarefas domésticas. Psicólogos vão fazer uma triagem
para definir o perfil das futuras internas, levando em conta o grau de
convivência harmoniosa e o nível de periculosidade de cada detenta. Noventa e
oito por cento das 165 presas do Centro de Reintegração Social Feminino de Foz
do Iguaçu, tiveram envolvimento com o tráfico de drogas.
Declaração de Utilidade Pública
O Presidente da Câmara, Edílio
Dall’ Agnol, entregou aos voluntários da APAC, um documento declarando a
Associação de Assistência e Proteção ao Condenado de Foz do Iguaçu, uma
entidade com fins sociais e não-econômicos. “Com essa declaração, a entidade comprova
que possui sede em Foz e assim poderá conseguir o título de utilidade pública
estadual e firmar parcerias com o governo para receber ajuda financeira e
manter o serviço”, frisou Edílio. A associação ainda precisa ser registrada no
Conselho Municipal de Assistência Social.
Histórico
A APAC- Associação de Assistência
e Proteção ao Condenado de Foz do Iguaçu foi fundada em 04 de agosto de 2012. A entidade sem fins
lucrativos está sediada na Avenida Pedro Basso, 1001, 2º andar do Fórum
Estadual e possui 19 voluntários em várias áreas de atuação. Atendendo dentro
de suas finalidades estatutárias, tendo como instrumento de humanização,
ressocialização, formação, organização e conscientização dos condenados em
qualquer regime e que cumprem ou cumpriram pena nesta Comarca, reintegrando-os
ao meio social, realizando ações de assistência social de grande relevância à
comunidade, de forma gratuita. Entre os parceiros estão a Acifi, Câmara
Municipal, Prefeitura, OAB e a Itaipu Binacional.
Legenda foto: Edílio Dall ´Agnol, Presidente da Câmara, Nilton
Bobato, Vereador, Helena Rickli, Assistente social, Luciane Ferreira,
Presidente da APAC, Alexandre Calixto, Vice-Presidente APAC
Fonte e Foto: Assessoria
NOVA DIRETORIA DO CONSELHO DA COMUNIDADE
Ata
da Assembleia Geral do Conselho da Comunidade na Execução Penal de Foz do
Iguaçu – Paraná
Aos doze dias do mês de
Dezembro de dois mil de doze, reuniram-se nas dependências da sala da
Magistratura, no Fórum Estadual de
Justiça, representando diversas entidades desta comarca para a prestação de contas do biênio
2011/2012, eleição dos novos membros e aprovação do plano de aplicação para os
meses de janeiro, fevereiro e março de 2013.
Impreterivelmente ás quinze horas foi
feita a primeira chamada, mas não houve quorum , aguardou-se os trinta
minutos estabelecidos no estatuto.
Iniciando às quinze horas e trinta minutos a abordagem dos assuntos propostos.
A presidente do Conselho da Comunidade, Luciane Ferreira, iniciou os trabalhos
com a prestação de contas do ano de 2011
e 2012. Aproveitou para destacar as
diversas atividades e parcerias firmadas
no período, a fim de valorizar o preso, sua família, dos egressos e servidores do sistema penal e unidades locais. Luciane
fez um balanço das atividades nos últimos dois anos como o “De volta para
casa”. Por meio do qual são pagas passagens para os presos que ganham a
liberdade poderem voltar para suas cidades de origem. Lembrou
ainda da promessa feita na ultima
eleição: A luta por trazer para Foz do Iguaçu uma unidade prisional
feminina, o que se concretizou com a inauguração do Centro de Ressocialização de Foz do Iguaçu
(CRESFI), ainda não totalmente
adequada conforme reza a
legislação específica. Disse também que está em conversa com o Tribunal de Justiça do
Paraná para que os juízes sejam
sensibilizados para dar prioridade ao Conselho da Comunidade no repasse das penas pecuniárias, as quais também poderão ser gerenciadas pela própria entidade. Em relação à
movimentação da conta do Banco do Brasil,
de Janeiro à Dezembro de 2011, foram gastos R$ 32.610,97 (trinte e dois mil,
seiscentos e dez reais e noventa e sete centavos) por meio de cento e seis
cheques, resultando em uma média de R$ 2.717,58 ( dois mil, setescentos e
dezessete reais e cinquenta e oito centavos)
por mês. Já entre os meses de
Janeiro a Dezembro de 2012, foram movimentados pela mesma conta R$ 45.596,63 (
quarenta e cinco mil, quinhentos e noventa e seis reias e sessenta e três
centavos) fazendo uma média de R$
3.799,72 ( três mil setescentos e noventa e nove reais e setenta e dois
centavos). A presidente apresentou uma
proposta de prorrogação de mandato da
diretoria por mais um ano para a atual gestão
e reformulação do atual estatuto, omisso
em muitas questões como o limite para a reeleição e a definição
de metas e políticas publicas na execução penal. Em votação, os presentes
optaram por eleger uma nova diretoria para mais dois anos, períodos que será
reformulado o Estatuto da entidade, em chapa única a votação se deu por
aclamação, com aprovação unanime. Fica composta portanto, a diretoria para o
biênio de 2013/2014 da seguinte forma:
Presidente:
Luciane Ferreira
Vice-Presidente
Teonilia Leite Neta
Secretária:
Fabiula Daisy Wurmeister
Vice-
Secretário: Gustavo Alberto Wolfgang
Acevedo
Tesoureira:
Julia Domingues Ferreira
Vice-
Tesoureira: Helena Rozani Pilati Rickli
Conselho Fiscal:
Marcos Antonio T. da Silva
Olirio
Rives dos Santos
Ulisses Schlosser
Conselho de Aprovação de Projetos:
Alexandra
Karla dos Santos
Willemina
Jacoba Dekken Butler
Marcelo
Alves da Silva
Foram estes os eleitos na
Assembleia Geral do Conselho da Comunidade de Foz do Iguaçu, a qual será
homologada pelo juiz Corregedor dos Presídios e da Vara de Execuções Penais.
Os presentes aprovaram na mesma oportunidade o plano de aplicação para o
período de Janeiro a Março de 2013. Com os seguintes itens e valores: 16.095,00
( dezesseis mil e noventa e cinco reais) para material administrativo;
52.500,00 ( cinquenta e dois mil e quinhentos reais) para projetos e assistência, profissionalização, cultura e educação e R$
3.000,00 (três mil reais) para a implementação do Conselho da Comunidade,
Totalizando R$ 71.595,00 (setenta e um
mil, quinhentos e noventa e cinco reais). Foram
apresentados também os resultados da implantação da APAC ( Associação de
Proteção e Assistência ao Condenado) Feminina de Foz do Iguaçu, com a
documentação concluída, indicação para a utilidade pública e aprovação da
pericia realizada no local. O diretor da PEF2, Rodrigo Pereira, reforçou a
importância de se comprometer com as responsabilidades do Conselho da
Comunidade e elogiou o trabalho que vem sendo feito. O representante do
Conselho dos Direitos Humanos, Olirio Rives dos Santos, chamou a atenção para a
necessidade de ser dar atenção especializada aos presos com transtornos
mentais. A vice- presidente do Conselho da Comunidade, Nila Leite, relatou o encontro do
qual participou em Brasília voltado aos conselhos da comunidade de todo o país. Na ocasião, apresentou-se o
futuro presidente do Patronato Penitenciário de Foz do Iguaçu, Alexandre
Calixto da Silva, o qual passará a fazer
parte do Conselho da Comunidade como
representante de entidade. Sem mais para
o momento, eu, Fabiula Daisy Wurmeister,
lavro a presente ata que será lida e
assinada por mim e pelos presentes em lista de presença anexa a esse documento
para o registro em cartório.
Secretária
do Conselho da Comunidade
LUCIANE
FERREIRA
Presidente
do Conselho da Comunidade
Secretária da Justiça integra comissão de juristas do Senado
Justiça
A secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná, Maria Tereza Uille Gomes, foi nomeada pelo presidente do Senado, José Sarney, para integrar a Comissão de Juristas do Senado Federal, encarregada de propor a atualização da Lei de Execuções Penais (LEP). Integrada por seis juristas reconhecidos nacionalmente, a comissão especial do Senado terá 60 dias para apresentar sugestões aos senadores da República.
Como presidente do Conselho Nacional de Secretários de Estado da Justiça, Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária (Consej), Maria Tereza coordenou a produção de sugestões concretas de revisão da LEP. O documento foi entregue ao ministro da Justiça, ao Supremo Tribunal Federal, ao Conselho Nacional de Justiça e ao Congresso Nacional.
Entre as propostas, estão o estabelecimento para o momento da prisão, da quantidade de droga considerada para consumo pessoal, e a criação de conselhos permanentes para controle dos condenados primários, com pena até quatro anos, que estão encarcerados e poderiam ser submetidos a penas alternativas. O documento também propõe a criação da Central de Recepção de Flagrante nas Comarcas, para agilizar e conferir a legalidade da prisão e possíveis medidas de não encarceramento.
Foi sugerido transferir da Justiça para as autoridades administrativas o reconhecimento mensal da remição de pena e a autorização para trabalho externo no caso do regime semiaberto, assim como a gestão dos hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico para as secretarias estaduais de Saúde. As propostas pretendem fomentar maior grau de municipalização da execução de penas e medidas alternativas e maior envolvimento da comunidade.
COMISSÃO – Presidida pelo ministro Sidnei Agostinho Beneti, do Superior Tribunal de Justiça, a comissão é integrada também pelos juristas: Carlos Pessoa de Aquino, Denis de Oliveira Praça, Edemundo Dias de Oliveira Filho, Gamil Foppel e Marcellus Ugiette
Fonte: AEN
Paraná sobe no ranking de jovens assassinados
Violência
O Paraná ocupa o 8.º lugar entre os estados com o maior Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) em 2010, com 3,73 assassinatos para cada grupo de mil adolescentes entre 12 e 19 anos. O levantamento feito pelo Laboratório de Análise da Violência (LAV) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) mostra ainda que o estado subiu uma posição no ranking nacional em relação a 2009, quando a taxa foi de 3,41 – aumento de 9%.
Na média nacional, o crescimento do IHA no período foi de 14%, com a taxa passando de 2,61 para 2,98 mortes por grupo de mil adolescentes. A pesquisa, divulgada ontem pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, pelo Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) e pela organização não governamental Observatório de Favelas, do Rio de Janeiro, leva em conta os dados de 283 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes
Alvo
Risco é maior para jovens homens, negros e suburbanos
A cada mil adolescentes do Brasil, três são assassinados antes de completar 19 anos. A informação é do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) referente a 2010. Também é possível estimar que, caso não haja alterações no cenário atual, mais de 36.700 jovens entre 12 e 19 anos serão mortos por arma de fogo até 2016. O risco é cerca de três vezes maior para adolescentes do sexo masculino, negros e moradores das periferias. De acordo com o levantamento, 45% das mortes de adolescentes no Brasil são causadas por homicídios. Na população geral, os homicídios correspondem a 5,1% das mortes.
O Nordeste foi a região que registrou maior crescimento na taxa. Entre as dez cidades com maior risco de homicídios entre os jovens, cinco estão na região e quatro são na Bahia. Itabuna, no sul do Estado, é a cidade com maior IHA do país, com 10,59 jovens com risco de homicídios para cada mil adolescentes.
Entre as capitais, Maceió apresentou o pior desempenho: 10,15. São Paulo tem o melhor desempenho, com taxa de 1,08. “Há uma transferência da violência das periferias do Sudeste para o Nordeste,” afirmou Ignácio Cano, um dos coordenadores do estudo.
Na contramão
Entre as cidades com o maior índice de assassinatos de adolescentes em 2009 e 2010, Foz do Iguaçu, em 9.º lugar, continua sendo a mais violenta do estado. O município já ocupou a primeira posição no ranking nacional entre 2005 e 2007. Um ano depois, caiu para o quarto lugar, e “no próximo levantamento certamente não estará mais entre as dez cidades mais violentas do país”, arrisca o responsável pela Delegacia de Homicídios, delegado Marcos Araguari.
“Essa redução já era prevista, principalmente se lembrarmos que entre 2005 e 2007 Foz do Iguaçu viveu o período mais crítico da violência. Em 2006, por exemplo, foram registrados 328 assassinatos na cidade, com muitas vítimas menores de idade. No ano passado, tivemos 134 homicídios, menos da metade, e nenhuma vítima com menos de 11 anos”, observa. O delegado atribui a melhora a várias ações preventivas e ao índice de elucidação dos casos de homicídio, que chega a 60%.
Longe dos grandes centros e com uma realidade diferente das regiões metropolitanas mais populosas do país, a localização de Foz do Iguaçu, na fronteira entre o Paraguai e a Argentina, aponta, seria um dos fatores responsáveis pelos altos índices de violência da cidade. “Onde existe pobreza, a opção pelo crime é mais atraente, principalmente em uma região onde a presença do contrabando e do tráfico de drogas e de armas é forte. Quando essa realidade muda, os índices de criminalidade também mudam.”
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) para comentar os dados, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.
Paraná sobe no ranking de jovens assassinados
Entre as dez cidades com piores índices, Foz do Iguaçu reduz
taxa e ocupa a nona posição
Na média nacional, o crescimento do IHA no período foi de 14%, com a taxa passando de 2,61 para 2,98 mortes por grupo de mil adolescentes. A pesquisa, divulgada ontem pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, pelo Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) e pela organização não governamental Observatório de Favelas, do Rio de Janeiro, leva em conta os dados de 283 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes
Alvo
Risco é maior para jovens homens, negros e suburbanos
A cada mil adolescentes do Brasil, três são assassinados antes de completar 19 anos. A informação é do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) referente a 2010. Também é possível estimar que, caso não haja alterações no cenário atual, mais de 36.700 jovens entre 12 e 19 anos serão mortos por arma de fogo até 2016. O risco é cerca de três vezes maior para adolescentes do sexo masculino, negros e moradores das periferias. De acordo com o levantamento, 45% das mortes de adolescentes no Brasil são causadas por homicídios. Na população geral, os homicídios correspondem a 5,1% das mortes.
O Nordeste foi a região que registrou maior crescimento na taxa. Entre as dez cidades com maior risco de homicídios entre os jovens, cinco estão na região e quatro são na Bahia. Itabuna, no sul do Estado, é a cidade com maior IHA do país, com 10,59 jovens com risco de homicídios para cada mil adolescentes.
Entre as capitais, Maceió apresentou o pior desempenho: 10,15. São Paulo tem o melhor desempenho, com taxa de 1,08. “Há uma transferência da violência das periferias do Sudeste para o Nordeste,” afirmou Ignácio Cano, um dos coordenadores do estudo.
Na contramão
Entre as cidades com o maior índice de assassinatos de adolescentes em 2009 e 2010, Foz do Iguaçu, em 9.º lugar, continua sendo a mais violenta do estado. O município já ocupou a primeira posição no ranking nacional entre 2005 e 2007. Um ano depois, caiu para o quarto lugar, e “no próximo levantamento certamente não estará mais entre as dez cidades mais violentas do país”, arrisca o responsável pela Delegacia de Homicídios, delegado Marcos Araguari.
“Essa redução já era prevista, principalmente se lembrarmos que entre 2005 e 2007 Foz do Iguaçu viveu o período mais crítico da violência. Em 2006, por exemplo, foram registrados 328 assassinatos na cidade, com muitas vítimas menores de idade. No ano passado, tivemos 134 homicídios, menos da metade, e nenhuma vítima com menos de 11 anos”, observa. O delegado atribui a melhora a várias ações preventivas e ao índice de elucidação dos casos de homicídio, que chega a 60%.
Longe dos grandes centros e com uma realidade diferente das regiões metropolitanas mais populosas do país, a localização de Foz do Iguaçu, na fronteira entre o Paraguai e a Argentina, aponta, seria um dos fatores responsáveis pelos altos índices de violência da cidade. “Onde existe pobreza, a opção pelo crime é mais atraente, principalmente em uma região onde a presença do contrabando e do tráfico de drogas e de armas é forte. Quando essa realidade muda, os índices de criminalidade também mudam.”
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) para comentar os dados, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.
Fonte e Info: Gazeta do Povo
Publicado em 14/12/2012 | Fabiula Wurmeister, da sucursal
Publicado em 14/12/2012 | Fabiula Wurmeister, da sucursal
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Mutirão da Justiça pretende libertar 440 presos da Grande Curitiba
SISTEMA PRISIONAL
Mutirão da Justiça pretende libertar 440 presos da Grande Curitiba
Todos os detentos já cumpriram parte da pena e apresentaram bom comportamento, segundo o TJ
- O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) começou nesta quarta-feira (12) um mutirão que pretende soltar 441 detentos do sistema prisional de Curitiba e região metropolitana. São 59 mulheres e 382 homens que já cumpriram parte da pena e tiveram bom comportamento. Ação termina na sexta-feira (15).
- O juiz da segunda vara de execuções penais, Moacir Antônio Dala Costa, conta que há cerca de 20 dias o TJ começou a analisar a situação dos presos de todas as delegacias da Grande Curitiba, além de casas de custódia e presídios. Depois desse levantamento, foi verificado que muitos tinham condições de sair em liberdade condicional ou passar para regime aberto.
O mutirão acontece na Penitenciária de Piraquara, de onde devem sair aproximadamente 300 presos. “Não é simplesmente colocar essas pessoas para fora. Conversamos com cada um deles, falamos sobre o benefício que eles estão recebendo, com a condição de trabalhar e estudar”, disse Dala Costa. Segundo o juiz, há 980 empresas cadastradas na vara de execuções penais que se dispuseram a aceitar ex-presidiários para trabalhar com carteira assinada.
A ação faz parte do Mutirão Justiça no Bairro. Uma equipe do TJ também está na penitenciária para prestar serviços às famílias dos detentos, como reconhecimento de paternidade e de união estável, e emissão de documentos.
Fonte: Gazeta do Povo
PATRICIA PEREIRA
Unioeste vai lançar projeto nacional para sistema prisional
Ensino Superior
Unioeste vai lançar projeto nacional para sistema prisional
A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) vai sediar nesta sexta-feira (14) o lançamento nacional do projeto piloto “Ação para ampliar o atendimento educacional para o sistema prisional: Unioeste, Governo Estadual e Federal”.
O projeto pretende levar aos presídios cursos da Rede e-Tec/Brasil de nível técnico profissional. A ideia é profissionalizar os detentos para que encontrem emprego depois de cumprirem suas penas.
Inicialmente devem ser profissionalizados sentenciados das Unidades Penais de Cascavel e Unidade Penal Industrial de Cascavel; depois, a Penitenciária Federal de Segurança Máxima em Catanduvas deve se integrar ao projeto, entre outras. A gestão educativa será da Unioeste e do Instituto Federal do Paraná (IFPR).
Os cursos técnicos profissionais de nível médio na modalidade Ensino à Distância (EAD) da Rede e-Tec/Brasil contarão com biblioteca virtual, salas de conferências (chats), fóruns e sistema de acompanhamento. No começo e no fim do curso, haverá duas atividades presenciais. Os cursos serão ministrados por módulos temáticos e serão certificados pela Unioeste, em nível de especialização, extensão e formação continuada
Fonte: AEN
CONVOCAÇÃO PARA A ASSEMBLEIA GERAL DO CCOM
CONVOCAÇÃO
A MD. Juíza Corregedora dos Presídios e da VEP (Vara de Execução Penal), Doutora JULIANA ZANIN, juntamente com a Presidente do Conselho da Comunidade de Foz do Iguaçu, LUCIANE FERREIRA, vem por meio desta, Convocar Vossa Senhoria a participar da ASSEMBLÉIA GERAL DO CONSELHO DA COMUNIDADE DE FOZ DO IGUAÇU, que ocorrerá na data e horário abaixo relacionados:
Data: 12/12/2012
Horas: 15hs ( Primeira Chamada)
Local: Fórum Estadual – Sala da Escola da Magistratura– 3º andar
Pauta: Prestação de Contas - exercício 2011/2012
Eleição da Nova Diretoria
Aprovação do Plano de Aplicação do 1º trimestre
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Detentos fazem reparos e limpeza em escolas de Curitiba e região
As instalações de nove escolas dos municípios de Pinhais, Piraquara e Curitiba estão recebendo uma série de melhorias, como reparos em alvenaria, pintura de paredes e muros, limpeza e capinagem dos terrenos. O trabalho está sendo feito por detentos do regime semiaberto do Sistema Penitenciário Estadual, por meio do Projeto Escola Cidadã.
“O colégio ficou mais bonito e toda a comunidade escolar aprovou essa iniciativa. A convivência foi um aprendizado para todos nós”, conta Andrea Franceschini, diretora do Colégio Estadual Walde Rosi Galvão, de Pinhais, onde os detentos pintaram as paredes externas, o muro e o letreiro da escola e fizeram serviços de jardinagem e limpeza recentemente.
O vice-governador e secretário da Educação, Flávio Arns, destaca a iniciativa do Projeto Escola Cidadã como um exemplo de solidariedade e mobilização pela educação. “A ação conjunta das secretarias da Educação e da Justiça contribui para que o detento interaja com a sociedade por meio do trabalho”, disse.
O detento A.D.S, 30 anos, que está participando do projeto, relatou que, além da chance de ressocialização, o trabalho nas escolas tem sido uma grande oportunidade de interagir com a comunidade. “Estamos aqui empenhados para que este projeto dê certo. Espero que este trabalho continue com outras pessoas”, disse.
ESCOLAS - As escolas beneficiadas com o projeto são os colégios estaduais Guido Straub, Guaíra e Zacarias, de Curitiba; as escolas Semiramis de Barros Braga, Paulo Freire, Amyntas de Barros e Walde Rosi Galvão, em Pinhais; e os colégios Ivanete Martins de Souza e Mario Braga, em Piraquara.
MÃOS AMIGAS PELA PAZ - O Projeto Escola Cidadã é fruto do Pacto Movimento Mãos Amigas pela Paz, assinado entre representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado do Paraná, Ministério Público, Defensoria Pública do Paraná e Ordem dos Advogados do Brasil-OAB/PR, em abril de 2012. O pacto simboliza o novo modelo de gestão da execução penal no Paraná e tem por objetivo promover ações conjuntas para o aprimoramento da gestão do Sistema Penal e o respeito à dignidade humana.
Segundo o coordenador do grupo gestor do Movimento Mãos Amigas, José Augusto Pichet, o propósito do projeto é oferecer oportunidades de reinserção dos presos. “Esse programa foi concebido com duas vertentes principais. Procuramos auxiliar na recuperação dos espaços dos estabelecimentos de ensino e ao mesmo tempo possibilitar que os detentos tenham uma oportunidade de reinserção, podendo adquirir ou aprimorar conhecimentos profissionais”, destaca.
O Escola Cidadã possui três modalidades de ação: mutirão, ação continuada e reforma dos conjuntos escolares, com trabalhos de reforma de carteiras, capina, limpeza e pintura. A ação começou a ser desenvolvida no início de 2012 em dois colégios de Piraquara. Agora nove colégios estão sendo beneficiados.
Para a secretária estadual da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes, esta ação traz reflexos positivos para a comunidade escolar, para o Estado, para o bairro e para o município. “Com o trabalho, o detento tem a possibilidade de ressocialização e reinserção na sociedade”, disse.
ALFABETIZAÇÃO - As secretarias da Educação e da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos também são parceiras em um projeto de alfabetização no Sistema Penitenciário, proporcionando melhor preparo ao preso, para que ele possa seguir um novo caminho.
A Educação coloca diretores, professores, pedagogos e técnicos de estabelecimentos de ensino de Núcleos Regionais de Educação à disposição para oferecer ensino fundamental e médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) nos estabelecimentos prisionais. A Secretaria da Justiça oferece o espaço e garante a segurança aos profissionais.
O Paraná é referência na oferta da educação para detentos. Atualmente, são mais de 4 mil alunos matriculados por meio de estabelecimentos penitenciários do estado. Mais de 35% dos presos nas prisões estaduais que não sabem ler ou escrever estão participando do programa de alfabetização, que é garantida pelo Programa Paraná Alfabetizado (PPA).
“A parceria com a Secretaria da Educação é fundamental nesse processo devolutivo do preso, que vai estar melhor preparado para seguir um novo caminho no seu retorno para a sociedade”, afirma a coordenadora de educação, qualificação e profissionalização de apenados da Secretaria da Justiça, Glacélia Quadros.
Fonte e Foto: AEN
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Papel dos Conselhos da Comunidade será debatido em Brasília
Papel dos Conselhos da Comunidade será debatido em Brasília
O Conselho da Comunidade de Foz do Iguaçu terá representante no I Encontro Nacional dos Conselhos da Comunidade, que acontece nas próximas quinta (06) e sexta-feiras (07/12), em Brasília. O evento é promovido pelo Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça (Depen/MJ), em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministério da Saúde.
A vice presidente Nila Leite, irá participar do evento, que busca promover a qualificação e integração entre as instituições responsáveis por garantir a participação da sociedade no processo de Execução Penal. Representantes dos Conselhos da Comunidade do Paraná também irão colaborar com o debate.
É de responsabilidade do Conselho da Comunidade visitar os estabelecimentos penais, entrevistar os presos e diligenciar a obtenção de recursos para a melhor assistência dos internos e a sua efetiva ressocialização.
Assessoria de Comunicação do Conselho da Comunidade de Foz do Iguaçu
É de responsabilidade do Conselho da Comunidade visitar os estabelecimentos penais, entrevistar os presos e diligenciar a obtenção de recursos para a melhor assistência dos internos e a sua efetiva ressocialização.
Assessoria de Comunicação do Conselho da Comunidade de Foz do Iguaçu
Câmara aprova lei mais dura para facção criminosa
Segurança
Câmara aprova lei mais dura para facção criminosa
Pelo novo texto, integrantes de organizações criminosas, com níveis hierárquicos e distribuição de tarefas como em uma empresa, terão pena acrescida de três a oito anos. A punição soma-se à prevista para o crime principal. O texto, que ainda precisa ser votado no Senado, também ataca o envolvimento de servidores públicos no crime organizado, aumentando a pena de um sexto a dois terços para os agentes públicos.
O projeto de lei define ainda meios de obtenção de prova e procedimentos de investigação. O texto autoriza a infiltração de agentes do Estado em grupos que praticam crimes violentos. O tema é polêmico. Pela proposta, os policiais poderão cometer crimes para manter o disfarce e aprofundar as investigações. O consenso, no entanto, é que os investigadores não podem praticar crimes como homicídio e estupro. A nova lei estabelece que o juiz será responsável por conceder os limites da infiltração e evitar abusos.
Fonte: Gazeta do Povo
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Redução da Maioridade Penal
Redução da Maioridade Penal
Conceição
Cinti*
Se não vejo na
criança, uma criança é porque alguém a violentou antes e o que vejo é o que
sobrou de tudo que lhe foi tirado”
Herbert de
Souza (Sociólogo).
Sou radicalmente contra a redução
da Maioridade Penal porque aceitar a redução é fazer o que fazem as pessoas
descompromissadas com o direito à vida do próximo: atacam a consequência mesmo
sabendo que a solução é combater e solucionar a causa.
Sou radicalmente contra a redução
da Maioridade Penal porque a adolescência é a fase de transição da infância para
a vida adulta, momento que exige investimento da família, do Estado e da
sociedade e nós sabemos que, com a derrocada da família, o recrudescimento do
Estado e o preconceito da sociedade com os menores não têm conseguido
ultrapassar esses severos obstáculos.
Sou radicalmente contra a redução
da Maioridade Penal porque creio na força transformadora que há na educação,
como instrumento de cidadania, justiça, humanização e, por convicção própria
como resultado da experiência de anos trabalhando nessa área, acredito que
nenhum tipo de cadeia pode superar a educação e contribuir para reintegração de
um jovem infrator na sociedade.
Sou radicalmente contra a redução
da Maioridade Penal porque sabemos estar estatisticamente comprovado que os
jovens infratores, são em maioria, negros, pardos portadores de baixa
escolaridade e baixo poder aquisitivo, muitos ainda na faixa da miséria. Pessoas
que foram expostas, desde a mais tenra idade, a todo tipo de violência e que
nunca tiveram seus direitos mais elementares garantidos, ou lhe foram negados, o
que por si só, já os torna em potenciais vítimas, por parte do Estado e da
sociedade.
Sou radicalmente contra a redução
da Maioridade Penal porque acredito no potencial do infanto-juvenil quando ele é
orientado e incluído como ator do seu próprio projeto de vida, quando lhe dão
oportunidade de participar em pé de igualdade com os demais como protagonista de
sua história com respeito e dignidade a seu momento de maior fragilidade, que é
o momento em que ele inicia sua própria construção e desenvolvimento
psicoemocional, social e físico pelo qual passa cada criança e
adolescente.
Sou radicalmente contra a
Maioridade Penal porque me recuso a repetir esse discurso de uma sociedade
revanchista e preconceituosa, corroborada pela mídia populista que prosseguem
levianamente fomentadoras da violência que tem vitimado crianças e adolescentes
em confronto com a lei e contribuído para a formação de uma consciência social
perversa ancorada unicamente na repressão, como se o sistema prisional fosse a
solução de uma problemática social tão complexa.
O sistema penitenciário brasileiro possui um total de
514.582 presos (de acordo com os números
atualizados do DEPEN – Departamento Penitenciário Nacional), com um montante
desses de aprisionamentos, fatalmente os direitos e garantias fundamentais são
desrespeitados, redundado em reincidência e mortes.
Impunidade?
Aos que questionam sobre uma
possível sensação de impunidade quando se trata de atos praticados pelos jovens
de 16 a 18 anos, devemos alertar que o artigo 112 do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) já prevê medidas socioeducativas, que vão de atividades
comunitárias — passando por liberdade assistida — até internação.
Logo, o mais
adequado é fazer com que o ECA seja efetivamente cumprido nos estabelecimentos,
onde deveria ocorrer a ressocialização dos
adolescentes.
Sustentar a redução da maioridade
penal acredito eu, é abrir mais uma brecha para permitir decisões subjetivas e
com isso, sabemos que estaremos pondo em risco a vida dos pobres e pretos, que
nesse país são prisionáveis, torturáveis e mortáveis (conforme bem ilustra o
jurista Luiz Flavio Gomes).
A violência por parte dos adolescentes existe, mas ela sempre esteve aquém da violência praticada contra os menores colocados em instituições que não são recuperados. Não podemos simplesmente colocá-los em centros que são verdadeiras cadeias, que transformam os jovens em bandidos muito mais perigosos. Segundo estatísticas, a maioria absoluta dos crimes praticados pelos menores está intimamente ligada a bens de consumo, ou seja, são crimes patrimoniais. Ainda segundo estatísticas, apenas 10% dos crimes hediondos podem ser atribuídos aos menores.
Ora, não podemos generalizar para
efeito de endurecimento das medidas socioeducativas destinada aos menores
infratores tomando por base os extremos, como os psicopatas ou sociopatas; seria
um contrassenso, um grande equívoco.
Há casos, é
verdade, de mortes dolosas praticadas por menores e com requintes de crueldade,
mas são casos isolados e não podem, de forma alguma, nortear as medidas
socioeducativas aplicadas aos menores infratores sob pena do cometimento da
maior injustiça que poderia macular ainda mais o Brasil como um país que não
assiste suas crianças e seus jovens, em outras palavras, não cuida do futuro da
nação, pior, permite que sejam torturados e mortos.
Violência
Não podemos colocar a culpa da
criminalidade nos adolescentes, pois eles são vítimas de uma sociedade que não
leva em conta a dignidade da pessoa humana. É necessário mais responsabilidade
por parte dos gestores públicos com políticas de proteção à infância e à
adolescência, e de alcance à família. É preciso que a família, a comunidade, a
sociedade em geral e o Poder Público assegurem proteção e socorro em quaisquer
circunstâncias e que possibilitem à família condições de direcionar seus filhos
rumo à cultura da paz.
Enganam-se os que pensam que é a
inimputabilidade dos jovens que os atrai para o crime, pois é a
falta de oportunidades, a falta de expectativas para um futuro melhor que os
leva para este caminho. Somente por meio de políticas inclusivas (de
subsistência) que abranjam saúde e educação, bem como um policiamento
responsável e comunitário, será possível avançar na construção de uma sociedade
justa e solidária (de acordo com o IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada, o Brasil ainda possui 16 milhões de pessoas em situação de pobreza
extrema, ou seja, com renda mensal de até 70 reais).
Maioria
favorável
Há sim uma maioria favorável à
redução da maioridade penal. São geralmente pessoas que se deixam influenciar
pela mídia populista e criticam duramente o menor em confronto com a lei.
Defendem não apenas medidas mais duras, mas há até aqueles que se solidarizam
com o modelo americano, vigente em alguns poucos estados daquele país, que
insanamente prevê pena perpétua sem direito a progressão de regime para essa
categoria de menores, o que seria o mesmo que admitirmos a tese lombrosiana que
não encontrou ancoragem nem na ciência, nem no direito penal pátrio.
Aceitar esse fato seria um
contrassenso, seria banalizar e reduzir uma questão de tamanha complexidade a
itens que na verdade são mais consequência do descaso do Poder Público com a
criança e o adolescente que tem provocado o que venho denominando de “O
Holocausto Brasileiro”, uma verdade que há décadas vem vitimando crianças e
adolescentes e precisa ser contido, e nunca será superado através de duras
penas.
Ademais, não podemos deixar de
mencionar que a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, contraria artigo
60, § 4º, da Constituição Federal que não pode ser alterado (já que é cláusula
pétrea), além de desrespeitar o Pacto de São José da Costa Rica, do qual o
Brasil é signatário. Segundo esse tratado, os adolescentes devem ser processados
separadamente dos adultos. De acordo com o Estatuto da criança e do Adolescente
(ECA), o Estado tem o dever de assegurar proteção integral a Criança e aos
Adolescentes.
Portanto reduzir a maioridade penal
seria o mesmo que jogar os jovens em conflito com a lei precocemente na
“Universidade do Crime”, porque é do conhecimento público a deterioração do
sistema penal brasileiro.
*Conceição Cinti. Advogada e educadora. Especialista em
Tratamento de Dependentes de Substâncias Psicoativas, com experiência de mais de
três décadas. Pesquisadora e Colunista do www.avantebrasil.com.br
e alguns sites renomados
Sancionada lei que permite decisão mais rápida sobre progressão de regime prisional
Da Redação
Foi sancionada na sexta-feira (30) pela presidente Dilma Rousseff lei que altera o Código de Processo Penal (Decreto-Lei 3.689/1941) para permitir ao próprio juiz da causa considerar o tempo de cumprimento de prisão provisória ao fixar o regime inicial de prisão do condenado.
A matéria (PLC 93/2012), de iniciativa do Poder Executivo, foi aprovada no Senado em novembro. A Lei 12.736/2012 permite, por exemplo, que condenados que tenham cumprido tempo de prisão provisória ou de internação possam ver garantida imediatamente a progressão de regime. Atualmente, cabe a outro juiz, o da execução penal, analisar a possibilidade de progressão, procedimento que chega a durar meses. Na prática, presos que já têm direito ao regime semiaberto permanecem no regime fechado, o que também agrava o problema da superlotação dos presídios.
Fonte: Agência Senado
Dilma sanciona Lei dos Crimes Cibernéticos
Dilma sanciona Lei dos Crimes Cibernéticos
Além das novas regras para partilha dos royalties da exploração do petróleo, a presidente da República, Dilma Rousseff, também sancionou na última sexta-feira (30) duas leis que tratam dos crimes cometidos pela internet. Ambas as leis entrarão em vigor em 120 dias, a contar da data de suas publicações no Diário Oficial da União, ocorridas nesta segunda-feira (3).
Apelidada de Lei Carolina Dieckmann, a Lei dos Crimes Cibernéticos (12.737/2012) tipifica como crimes infrações relacionadas ao meio eletrônico, como invadir computadores, violar dados de usuários ou "derrubar" sites. O projeto que deu origem à lei (PLC 35/2012) foi elaborado na época em que fotos íntimas da atriz Carolina Dieckmann foram copiadas de seu computador e espalhadas pela rede mundial de computadores. O texto era reividicado pelo sistema financeiro, dada a quantidade de golpes aplicados pela internet.
A nova lei altera o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/1940) para tipificar como crime uma série de delitos cibernéticos. A norma tipifica como crime a violação indevida de equipamentos e sistemas conectados ou não à rede de computadores, com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização do titular, ou ainda para instalar vulnerabilidades.
Os crimes menos graves, como “invasão de dispositivo informático”, podem ser punidos com prisão de três meses a um ano, além de multa. Condutas mais danosas, como obter pela invasão conteúdo de “comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais ou industriais, informações sigilosas” podem ter pena de seis meses a dois anos de prisão, além de multa. O mesmo ocorre se o delito envolver a divulgação, comercialização ou transmissão a terceiros, por meio de venda ou repasse gratuito, do material obtido com a invasão.
A lei prevê ainda o aumento das penas de um sexto a um terço se a invasão causar prejuízo econômico e de um a dois terços “se houver divulgação, comercialização ou transmissão a terceiro, a qualquer título, dos dados ou informações obtidos”. As penas também poderão ser aumentadas de um terço à metade se o crime for praticado contra o presidente da República, presidentes do Supremo Tribunal Federal, da Câmara, do Senado, de assembleias e câmaras legislativas, de câmaras municipais ou dirigentes máximos “da administração direta e indireta federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal”.
A disseminação de vírus de computador ou códigos maliciosos para roubo de senhas também poderá ser punida com prisão de três meses a um ano e multa.
Dilma Rousseff sancionou ainda a Lei 12.735/2012, originada do PLC 89/2003. Entretanto, a presidente da República vetou a maior parte da proposta, que era bem detalhada ao também tratar dos crimes cibernéticos. Com o veto, restou à nova norma instituir que órgãos da polícia judiciária - as polícias civis dos estados e do DF - deverão estruturar “setores e equipes especializadas no combate à ação delituosa em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado”.
Também é alterada a Lei 7.716/1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. Mudou-se inciso da lei de crimes raciais para permitir a determinação por parte do juiz de “cessação das respectivas transmissões radiofônicas, televisivas, eletrônicas, ou da publicação por qualquer meio” de símbolos ou similares com o objetivo de divulgação do nazismo, crime que prevê pena de dois a cinco anos e multa.
Além das novas regras para partilha dos royalties da exploração do petróleo, a presidente da República, Dilma Rousseff, também sancionou na última sexta-feira (30) duas leis que tratam dos crimes cometidos pela internet. Ambas as leis entrarão em vigor em 120 dias, a contar da data de suas publicações no Diário Oficial da União, ocorridas nesta segunda-feira (3).
Apelidada de Lei Carolina Dieckmann, a Lei dos Crimes Cibernéticos (12.737/2012) tipifica como crimes infrações relacionadas ao meio eletrônico, como invadir computadores, violar dados de usuários ou "derrubar" sites. O projeto que deu origem à lei (PLC 35/2012) foi elaborado na época em que fotos íntimas da atriz Carolina Dieckmann foram copiadas de seu computador e espalhadas pela rede mundial de computadores. O texto era reividicado pelo sistema financeiro, dada a quantidade de golpes aplicados pela internet.
A nova lei altera o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/1940) para tipificar como crime uma série de delitos cibernéticos. A norma tipifica como crime a violação indevida de equipamentos e sistemas conectados ou não à rede de computadores, com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização do titular, ou ainda para instalar vulnerabilidades.
Os crimes menos graves, como “invasão de dispositivo informático”, podem ser punidos com prisão de três meses a um ano, além de multa. Condutas mais danosas, como obter pela invasão conteúdo de “comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais ou industriais, informações sigilosas” podem ter pena de seis meses a dois anos de prisão, além de multa. O mesmo ocorre se o delito envolver a divulgação, comercialização ou transmissão a terceiros, por meio de venda ou repasse gratuito, do material obtido com a invasão.
A lei prevê ainda o aumento das penas de um sexto a um terço se a invasão causar prejuízo econômico e de um a dois terços “se houver divulgação, comercialização ou transmissão a terceiro, a qualquer título, dos dados ou informações obtidos”. As penas também poderão ser aumentadas de um terço à metade se o crime for praticado contra o presidente da República, presidentes do Supremo Tribunal Federal, da Câmara, do Senado, de assembleias e câmaras legislativas, de câmaras municipais ou dirigentes máximos “da administração direta e indireta federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal”.
A disseminação de vírus de computador ou códigos maliciosos para roubo de senhas também poderá ser punida com prisão de três meses a um ano e multa.
Dilma Rousseff sancionou ainda a Lei 12.735/2012, originada do PLC 89/2003. Entretanto, a presidente da República vetou a maior parte da proposta, que era bem detalhada ao também tratar dos crimes cibernéticos. Com o veto, restou à nova norma instituir que órgãos da polícia judiciária - as polícias civis dos estados e do DF - deverão estruturar “setores e equipes especializadas no combate à ação delituosa em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado”.
Também é alterada a Lei 7.716/1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. Mudou-se inciso da lei de crimes raciais para permitir a determinação por parte do juiz de “cessação das respectivas transmissões radiofônicas, televisivas, eletrônicas, ou da publicação por qualquer meio” de símbolos ou similares com o objetivo de divulgação do nazismo, crime que prevê pena de dois a cinco anos e multa.
Fonte: Agência Senado
CCJ vota relatório favorável à redução da maioridade penal
O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) deve apresentar na próxima reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), marcada para quarta-feira (5), relatório favorável à proposta de emenda à Constituição (PEC 33/2012) que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos nos casos de crimes hediondos, tráfico de drogas, tortura e terrorismo ou reincidência na prática de lesão corporal grave e roubo qualificado.
De acordo com a proposta, de autoria do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), isso ocorreria apenas em processos que corram em órgãos da Justiça especializados em questões da infância e adolescência e a partir de ação de membro do Ministério Público também especializado.
“A desconsideração da inimputabilidade penal dependerá da comprovação da capacidade do agente de compreender o caráter criminoso de sua conduta, levando em conta seu histórico familiar, social, cultural e econômico, bem como seus antecedentes”, explica o relator.
Um mérito da proposta, salienta Ferraço, é que ela permite à Justiça distinguir os casos de jovens, “na vida dos quais o ato criminoso relaciona-se com a imaturidade, e aqueles em que o crime reflete uma conduta violenta irreparável”. Além disso, continua o relator, Aloysio Nunes afasta “propostas irracionais” que reduzem drasticamente a maioridade penal – em alguns casos a 13 anos.
“Tal redução levaria a que crianças muito mais jovens fossem recrutadas pelos criminosos adultos”, avalia.
Fonte: Agência Senado
1,1 mil presos em unidades do Paraná fazem Enem hoje
Exame nacional
1,1 mil presos em unidades do Paraná fazem Enem hoje
Hoje e amanhã, 1.181 detentos de 27 unidades prisionais do Paraná
farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicado aos
demais candidatos nos dias 3 e 4 de novembro. A participação entre
os presos paranaenses registrou crescimento de 44,9% em relação
ao ano passado, quando 815 presos de 22 unidades do estado se
inscreveram para prestar o exame.
Fonte: Gazeta do Povo
farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicado aos
demais candidatos nos dias 3 e 4 de novembro. A participação entre
os presos paranaenses registrou crescimento de 44,9% em relação
ao ano passado, quando 815 presos de 22 unidades do estado se
inscreveram para prestar o exame.
Fonte: Gazeta do Povo
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Encontro Nacional dos Conselhos da Comunidade começa no dia 6
O Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça (Depen/MJ), em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministério da Saúde, realiza, nos dias 6 e 7 de dezembro, em Brasília, o I Encontro Nacional dos Conselhos da Comunidade. O objetivo é promover a qualificação e integração dessas instituições, que são vinculadas aos tribunais de Justiça e responsáveis, segundo a Lei de Execução Penal, por garantir a participação da sociedade no processo de cumprimento de penas e na reintegração social dos condenados.
O encontro permitirá ao Depen/MJ avançar na consolidação das identidades, atuação e perspectivas dos Conselhos da Comunidade no Brasil, além de promover a articulação nacional sobre pautas comuns. O local do evento é o Hotel St. Peter, que fica no Setor Hoteleiro Sul, Quadra 2, Bloco D, em Brasília. A abertura está prevista para as 9h do dia 6.
Cerca de 300 pessoas são aguardadas, incluindo membros de conselhos da Comunidade, pesquisadores, servidores da área da saúde no sistema prisional, além de representantes de comitês de combate à tortura, de conselhos penitenciários e de associações de familiares de pessoas presas. I Encontro Nacional dos Conselhos da Comunidade tem o apoio da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, da Secretaria Nacional de Articulação Social da Presidência da República e da Pastoral Carcerária.
De acordo com o art. 81 da Lei de Execução Penal, os conselhos da Comunidade têm entre suas atribuições a inspeção em unidades prisionais; realização de entrevistas com detentos; apresentação de relatórios mensais ao juiz de execução e ao Conselho Penitenciário; e captação de recursos materiais e humanos para assistir aos presos. A referida lei prevê a existência de um conselho em cada comarca onde houver pessoas presas.
Jorge Vasconcellos
Agência CNJ de Notícias
domingo, 2 de dezembro de 2012
Homicídio de negro no Brasil é 132% maior
Homicídio de negro no Brasil é 132% maior
O total de
negros assassinados no Brasil é 132% maior do que o de brancos. Nos
últimos oito anos, entre 2002 e 2010, enquanto o número de homicídios de
brancos caiu, a morte de negros cresceu.
Em
2010, foram assassinados no Brasil 36 negros para cada 100 mil
habitantes da mesma cor. A taxa de homicídios de brancos foi de 15,5 por
100 mil. Na pesquisa, o grupo dos negros também inclui os pardos.
"A
grande desproporção de negros assassinados em comparação aos brancos
mostra que a discriminação no Brasil ainda é imensa", diz o pesquisador
Julio Jacobo Waiselfisz, autor do Mapa da Violência 2012 - A cor dos
homicídios, feito em parceria entre o Centro Brasileiro de Estudos
Latino Americanos (Cebela) e a Secretaria de Políticas da Promoção da
Igualdade Racial.
Essa
diferença chega a ser escandalosa em Estados nordestinos. Alagoas é
onde mais morrem negros, proporcionalmente, no Brasil: são 80,5 casos
por 100 mil habitantes. Já o total de homicídios de brancos no Estado é
baixo: 4,4 casos por 100 mil habitantes, o que o coloca como o segundo
menos violento para brancos no Brasil.
A
situação é semelhante na Paraíba, Estado onde brancos têm menor chance
de ser assassinados no Brasil: 3,1 casos por 100 mil. O assassinato de
negros é 1.824% maior: 60,5 casos por 100 mil habitantes.
Paulistas. Em
São Paulo, apesar de a situação ser menos dramática do que a do
Nordeste, o total de negros assassinados é 32% maior do que o de brancos
(12,2, contra 21,5). A situação piora em períodos de crise, como nos
últimos seis meses, quando o crescimento dos assassinatos se acelerou.
"Isso é reflexo de 500 anos de história, boa parte dela com escravidão e
até hoje com negação de direitos. A morte de negros é tolerada e não
choca", diz Douglas Belchior, da Uniafro - instituição educacional
voltada para negros e pessoas de baixa renda - e do Comitê de Luta
contra o Genocídio da Juventude Negra.
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Fonte: Bruno Paes Manso - O Estado de S. Paulo |
Defensoria Pública fará 2 anos sem estrutura para atender todo o Paraná
Defensoria Pública fará 2 anos sem estrutura para atender todo o Paraná
A
Defensoria Pública do Paraná só terá condições de atender as 155
comarcas do estado no final do primeiro semestre de 2013, quando já terá
completado dois anos de instalação. Esse é o tempo que o órgão levará
para nomear defensores e encontrar estrutura física nas cidades do
Paraná. A promessa é de que até junho do próximo ano os 197 defensores
aprovados em concurso público sejam efetivados. A Defensoria ainda
negocia com os fóruns a cessão de salas para abrigar os servidores.
Nesta semana deverá ser publicado o edital de licitação, no valor
aproximado de R$ 3 milhões, para a compra de equipamentos, como
computadores, telefones e móveis.
Somente
Londrina e Curitiba terão prédios próprios para abrigar os defensores.
Nessas cidades funcionarão sedes regionais, que também alocarão o setor
administrativo do órgão. Na capital do estado, o local escolhido para
abrigar futuramente o órgão é um antigo prédio na esquina das ruas Cruz
Machado e Doutor Muricy. O edifício está passando por reformas e fica
perto do espaço atual de funcionamento do órgão, na Alameda Cabral.
Em
Londrina, um prédio será alugado pelo valor de R$ 16 mil. O projeto é
ter ao todo dez sedes regionais. “Nas outras localidades, os defensores
irão atuar em salas cedidas pelos fóruns de cada comarca”, explica a
defensora pública geral do estado, Josiane Fruet Bettini Lupion.
Hoje,
apenas dez profissionais atuam no estado. Na área criminal, por
exemplo, cada um dos sete defensores públicos da capital acompanha uma
média de 800 processos. A expectativa era que os novos servidores
pudessem ser nomeados em maio do próximo ano. “Mas ocorreu um atraso na
revisão das provas da segunda etapa do concurso. Posso garantir que no
fim do primeiro semestre os profissionais serão nomeados”, afirma
Josiane. O concurso é formado ao todo por quatro etapas: avaliações
objetiva, discursiva, oral e de títulos.
Atendimento
A
recomendação da Associação Nacional dos Defensores Públicos (Anadep) é
de que exista um defensor para cada 10 mil habitantes com baixa renda
(meio salário mínimo por pessoa ou três salários mínimos por família),
que não tenham condições de pagar os custeios de um advogado. No Paraná,
a partir da nomeação dos defensores, haverá um profissional para cada
32,5 mil pessoas.
Situação
só pior que São Paulo e Santa Catarina, cujos índices ultrapassam 50
mil moradores por defensor. No entanto, o estado paulista prevê a
contratação de mais 400 defensores até 2015. O Paraná não deverá seguir a
risco a atendimento a famílias que ganham até três salários mínimos por
mês. “Vamos analisar cidade por cidade. Há localidades em que
atenderemos pessoas com renda mensal de um salário mínimo, já que três
salários é bastante comparando com a renda per capita do município”, diz
Josiane.
“Demora é justificável”, afirma Anadep
Apesar
da aparente lentidão em colocar a Defensoria para funcionar em todo o
estado, o Paraná está recuperando o tempo perdido na avaliação de André
Castro, presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos
(Anadep). Afinal, prevista desde a Constituição federal de 1988, a
criação do órgão aconteceu com 23 anos de atraso. O Paraná foi o
penúltimo estado a criar oficialmente o órgão. O último a implantar será
Santa Catarina, que foi obrigada a formar uma defensoria após decisão
do Supremo Tribunal Federal em março deste ano. O concurso catarinense
prevê 60 vagas e deve ser realizado no próximo ano.
“O
processo de um concurso para defensor é longo e a demora em nomeá-los é
plenamente justificável. Vale ressaltar que começar com quase 200 vagas
é algo muito positivo para o Paraná”, diz Castro. A expectativa dele é
de que, nos próximos três anos, outros concursos sejam feitos para
contratação de novos defensores.
O
presidente estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), José Lúcio
Glomb, espera que a Defensoria comece a funcionar plenamente o mais
rápido possível. “A maior parcela da sociedade beneficiada será a
população carente, que ficou por mais de duas décadas sem um órgão para
defendê-la na Justiça.” Em sua maioria, as defensorias estaduais atendem
processos ligados a varas de família e criminal. “A Defensoria pode
atuar de forma eficaz para a revisão dos processos de presos e diminuir a
superlotação nas cadeias”, diz Castro. (DA)
Recursos
Lei que aguarda sanção presidencial vai ampliar orçamento das defensorias
O
orçamento da Defensoria Pública Estadual pode chegar a 2% da
arrecadação do governo do Paraná. A medida depende da sanção da
presidente Dilma Rousseff de um projeto de lei do senador José Pimentel
(PT) já aprovado pelo Congresso. De acordo com a lei, o aumento do
orçamento será escalonado. “Até 2014, teremos o direito de receber esses
2%, que hoje correspondem a cerca de R$ 200 milhões”, estima a
defensora geral do estado, Josiane Lupion.Para 2013, no entanto, o
orçamento previsto é de R$ 47 milhões. Independentemente do orçamento,
ela já planeja ações para atender a sociedade.
A
Defensoria irá funcionar com regimes de plantões e também de forma
itinerante. “Os defensores das comarcas irão a outras cidades para
atender a população”, afirma.
Além disso, Josiane revela que serão feitas campanhas educativas em escolas públicas e nos presídios. (DA)
23 anos
é
o tempo que demorou para a Defensoria Pública do Paraná ser fundada. A
criação, ocorrida em junho de 2011, é uma exigência da Constituição
Federal de 1988.
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Fonte: DIEGO ANTONELLI - Gazeta do Pov |
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