Programa de Foz vira modelo para a recuperação de presos no Paraná
O modelo de reintegração de egressos de Foz do Iguaçu é inédito no Estado. Nele o município assume a responsabilidade pelo órgão de execução penal, na execução de penas alternativas. O Patronato Municipal, desenvolvido dentro da Lei Federal de Execução Penal, consiste num espaço reservado para receber presos em regime semiaberto e familiares desses detentos.
Pelo sistema, que segue as diretrizes
estabelecidas pela Seju, eles passam a trabalhar em serviços comunitários e de
embelezamento da cidade, por exemplo. “Como é uma iniciativa nova, vamos
aprimorando o suporte necessário para que esse detento possa retomar a sua
autodeterminação, sua responsabilidade social e sua solidariedade”, destaca o
prefeito Reni Pereira.
Procedimento
O Patronato permite a criação de frentes de trabalho mediante termos de cooperação técnica com empresas públicas ou privadas. O modelo de Foz foi preconizado pelo Conselho da Comunidade, em conjunto com a Prefeitura, Seju, Receita Federal, Itaipu Binacional e Justiça Federal, e de empresas privadas.
Luciana Ribeiro Lepri fala, na Assembleia, sobre o Patronato Municipal que irá substituir o Pró-Egresso no Paraná -
Foto: Sandro Nascimento/Alep
Na Assembleia, Luciana Lepri detalhou a iniciativa da Seju, em implantar em todo Estado o programa denominado Municipalização da Execução das Alternativas Penais. “Esta proposta vem ao encontro das exigências do CNJ e do DEPEN Nacional que é a substituição do Programa que até hoje existiu e funcionou para atendimento do egresso, o chamado Pró-Egresso”.
O Pró-Egresso, segundo ela, funciona de forma brilhante, mas é basicamente artesanal. “É preciso agora institucionalizar o atendimento ao egresso e ao beneficiário penas e medidas alternativas”, frisou Luciana, informando que o antigo programa foi encerrado no Paraná em 3 de fevereiro, quando terminou o último convênio.
“O Patronato vem com uma proposta de mudança total na forma de atendimento ao egresso e ao beneficiário das penas e medidas alternativas”, destacou. Os princípios do programa, segundo Luciana, como o que está sendo executado em Foz, são o atendimento e acompanhamento da execução da pena em meio aberto e a colocação deste egresso ou beneficiário em trabalho e escolarização.
Justificativas
Planejamento
Os municípios prioritários, nesta primeira etapa, serão os 20 do Estado onde existiam o Pró-Egresso. “Vamos fazer o enquadramento e ver qual a estrutura que cada um deles vai demandar”, disse.
A Secretaria Estatual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), segundo Luciana, vai publicar nos próximos dias o edital para receber projetos das universidades. A iniciativa, que vai incluir primeiramente as universidades estaduais, vai possibilitar a contratação de professores e coordenadores das áreas de direito, psicologia, pedagogia e assistência social.
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