terça-feira, 26 de novembro de 2013

DEBATE:16 DIAS DE ATIVISMO PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

 
                   Luciane Ferreira, presidente do Conselho da Comunidade participa do debate

 
A data de 25 de novembro de 1960 ficou conhecida mundialmente por conta do ato de violência cometido contra as irmãs dominicanas Pátria, Minerva e Maria Teresa, “Las Mariposas”, que lutavam por soluções de problemas sociais de seu país e foram perseguidas, presas e brutalmente assassinadas. A partir daí, a data passou a ser de muita importância para as mulheres vítimas de violências cotidianas. A violência ocorre nos espaços públicos, privados e domésticos. Agressões verbais reduzem a autoestima, causam danos à saúde, estresse e enfermidades crônicas.
 
25 de Novembro, como Dia da Não Violência Contra a Mulher, foi decidido pelas organizações de mulheres de todo mundo, reunidas em Bogotá, Colômbia, em 1981, em homenagem às irmãs que responderam sua dignidade à violência não só contra a mulher, mas contra um povo. Em 1999, em assembleia Geral, a ONU proclama essa data como “Dia Internacional para Eliminação da Violência contra Mulher”, para incentivar os governos e a sociedade civil organizada, nacional e internacionais, a realizarem eventos anuais para extinguir a violência que destrói a vida de muitas mulheres.

A violência contra a mulher é uma questão social e de saúde pública; revela formas cruéis e perversas de discriminação de gênero; desrespeita a cidadania e os Direitos Humanos; destrói sonhos e dignidade. É a expressão mais clara de desigualdade social, racial e de poder entre homens e mulheres. Em 25 de novembro inicia-se, ainda, o movimento “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, que terminará em 10 de dezembro, que é o Dia dos Direitos Humanos. Esses 16 dias de ativismo têm algumas marcas histórica: 20 de Novembro, Dia Nacional da Consciência Negra (a data se refere ao assassinato de Zumbi dos Palmares, em 20/11/1695). 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres. 1 de dezembro, Dia Mundial de Combate à Aids. 6 de dezembro, o massacre de mulheres de Montreal-Canadá, onde 14 estudantes da Escola Politécnica de Montreal foram assassinadas.

Em Foz do Iguaçu, a programação dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, realizado pelo Conselho da Mulher, com parceria da Secretaria de Assistência Social, continua, na noite desta terça feira (26), aconteceu um debate na Câmara Municipal de Vereadores, tendo como tema “A Paz depende de cada um de nós, começa em casa, comigo e com vocês”.
 
Participaram do debate a Secretária Municipal de Assistência Social, Família e Relações com a Comunidade, Claudia Pereira, Ariel Nicolai Cesa Dias – Juiz de Direito do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, a diretora do CRAM – Fátima Dalmagro, Maria Madalena Ames -Luciane Ferreira, Presidente do Conselho da Comunidade na Execução Penal da Comarca de Foz do Iguaçu, e representantes da sociedade civil.
 

 

“Esse é um exemplo de um passado não muito distante, pois replica nos dias de hoje, temos que ver que a capacidade e a condição da pessoa, independente do sexo, temos que dar o espaço para que todos possam crescer e consequentemente, ela vai retribuir para a sociedade com aquilo que ela tem condição de ajudar, nesses 16 dias de ativismo, vamos trabalhar com movimentações diferenciadas, teremos palestras educativas, folhetos e folders que a secretaria está oferecendo ao Conselho da Mulher, e todas as entidades que estão unidas nessa grande campanha, vamos estar levando o que é a violência contra a mulher, por que a vezes a mulher sofre violência e não tem noção que isso é algo muito grave, vamos levar informações e mostrar que temos uma rede de atendimento exclusivo para elas, temos a Delegacia da Mulher Especializada, o CRAM – Centro de Referência e Atendimento à Mulher Vítima de Violência, e ainda o Conselho da Mulher, que está de parabéns por essa iniciativa”, concluiu a secretária.

Fátima Dalmagro - Diretora do CRAM, disse que todo esse trabalho é para orientar e conscientizar a população para que essas demandas de denúncias que a mulher está sofrendo, diminua, “não queremos que a violência reduza no sentido de que as pessoas se conscientizaram, queremos que a mulher esteja consciente, ela tem que dar o primeiro basta contra a violência, em todas essas campanhas que estamos realizando, colocamos que o homem deve estar consciente que não deve ser violento contra a mulher, mas a maior consciência, é a mulher que deve ter, é ela que deve dizer não, não aceitar essa violência”.

Para Ariel Nicolai Cesa Dias – Juiz de Direito do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, este assunto sempre tem que estar à tona, “esse é um daqueles assuntos que não podemos esquecer, o trabalho tem que ser continuo e incessante, a violência contra a mulher é um problema grave, e demanda uma luta ininterrupta, precisamos de momentos como esses para mostrar a sociedade, chamar a atenção para este problema, porque ele existe, está no dia a dia, e o volume é grande, depois da lei Maria da Penha, muita coisa já mudou, as mulheres estão conscientes dos seus direitos e da proteção que a lei outorga a elas, e essa mudança de postura que já sentimos na sociedade, é resultado de ações como essas, de mostrar o que o estado e o município oferece”.



Fonte e Foto: Conselho da Comunidade de Foz do Iguaçu com a Assessoria da AMN




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