quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Governo do Estado do Para apoia campanha Outubro Rosa com o show Mulheres em Cena

O evento contou com o show “Mulheres em Cena”, com as cantoras Gigi Furtado, Fernanda Barreto, Nana Reis, Camila Honda, Jeanne Darwich e Viviane Batidão

Nesta quarta-feira, dia 1º, o Governo do Estado promoveu o show Mulheres em Cena, em apoio à campanha mundial Outubro Rosa. O objetivo do evento e da campanha em si é de ajudar na conscientização da população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. O movimento popular conhecido como Outubro Rosa é comemorado internacionalmente e estimula a participação da população, empresas e entidades. O símbolo da campanha é o laço rosa, representando as vítimas que, a cada ano, lutam contra o câncer de mama. O movimento dura o mês inteiro e busca alertar sobre os riscos e a necessidade de diagnóstico precoce desse tipo de câncer.
No Pará, 45 artistas paraenses participaram do evento, realizado pelo programa estadual Articulação e Cidadania, que ocorreu na entrada do Shopping Boulevard. Foram eles: Gigi Furtado, Camila Honda, Jeanne Darwich, Fernanda Barreto, Nana Reis, Viviane Batidão, Coral Timbres (formado por internos dos Centros de Reeducação Masculino e Feminino da Susipe), além do maestro Tinôco e uma orquestra de 12 musicistas. No repertório, músicas homenageando principalmente as mulheres, as principais vítimas do câncer de mama.
O show teve como parceiros o programa Articulação e Cidadania, a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe), o Hospital Ophir Loyola, o Instituto de Artes do Pará (IAP), a Fundação Carlos Gomes, a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) e contou com o apoio do Boulevard Shopping.
Para a secretária Adjunta de Saúde, Heloísa Guimarães, o evento cultural é fundamental para a divulgação massiva da informação sobre a doença. “É maravilhoso porque a gente precisa divulgar. Quanto mais público você atingir, é melhor. A prevenção traz junto a grande chance de cura. A gente consegue passar em um show desse, com um excelente público presente, informações técnicas de prevenção e deixa a gente muito feliz”, diz.
Segundo Patrícia Oliveira, coordenadora do evento, o show, além de ter uma importância cultural, abre espaço para o alerta e a reflexão sobre o câncer de mama. “Hoje, dia primeiro, marca a abertura do mês de conscientização, então, imagina só quantas pessoas serão informadas ou terão entendimento do que acontece com o diagnóstico precoce do câncer, a partir desse evento. O objetivo, justamente, é levar e democratizar a questão da saúde, da informação. O governo do estado está de parabéns porque trabalha em uma ação conjunta: a parte artística, a parte de saúde e a de inclusão social, com o coral. É um evento completo”, explica.
A cantora Gigi Furtado, uma das atrações, ressaltou o prazer de participar de um show com uma razão tão nobre. “Subir no palco sem ter um motivo já é engrandecedor para o artista, é a contribuição para a arte. Agora subir no palco em prol de uma conscientização deste cuidado, a luta contra o câncer, é uma oportunidade ímpar, enquanto pessoa. Ajudar ao outro a se conscientizar, essa é uma oportunidade que a gente tem de esclarecer algumas coisas. Então, subir no palco com mais outras tantas artistas maravilhosas, nomes de peso em nossa terra, uma orquestra desta, sendo regida pelo maestro Tinoco Costa e o trabalho de inclusão social das moças do coral da Susipe é engrandecedor enquanto artista e enquanto pessoa”, esclarece.
A cantora Camila Honda afirma sentir-se honrada em participar de uma apresentação com o objetivo de levantar o debate sobre o tema. “Me sinto muito feliz, honrada mesmo em poder participar de um evento desse, por uma causa tão bacana. Além disso, é uma experiência incomum, cantar na frente de um shopping e essas diferenças de lugares e situações são sempre mudanças bem positivas”, fala.
A maestrina do Coral Timbres, da Susipe, Deolinda Gonçalves, era das mais empolgadas em participar da dinâmica. “Fico muito feliz de ver as meninas da Susipe participando desse evento porque a gente tem feito com elas um trabalho de educação além da música e, a presença delas aqui é marcante para elas e para mim também. Elas gostam de cantar e o momento que a gente está cantando é um momento muito prazeroso. É um momento de alegria. Além disso, o evento é ímpar porque a gente sabe que a causa dele é muito nobre”, comenta.
Já para a interna Ana Sueli Moreira da Silva, de 40 anos, o momento era duplamente especial. “Nossa apresentação aqui é por uma boa causa e se as pessoas soubessem o quanto é importante pra gente estar aqui, enfrentando o público. Eu perdi minha mãe, com um câncer. Com certeza, se ela tivesse descoberto antes, ela teria tido chance de sobreviver. Eu fui presa na data de falecimento da minha mãe e isso pra mim é muito marcante. Tudo aqui tem um significado mais que especial. Tenho certeza que se minha mãe me visse cantando e indo pelo caminho da minha recuperação na sociedade, ela ficaria muito feliz".
O público presente não só assistiu, como também dançou, respondeu perguntas sobre o tema e recebeu prêmios. A aposentada Vanilza Melo era uma das mais animadas. “Eu entrei aqui no shopping para comprar um presente mas, resolvi nem entrar, só para assistir ao show. Me informei e logo vi o lacinho do câncer de mama na roupa das pessoas. Eu acho importantíssimo. Graças a Deus na minha família nunca houve nenhum caso mas, entendo que é importantíssimo e muito bom participar. Fazer o exame todos os anos é importante. Não dá pra esquecer!”, afirma.
O professor universitário, Franklin Martins Tavares, estava passeando pelo shopping quando foi atraído ao evento pela música. Ele ressaltou ficar ainda mais atento às atrações e ao debate por causa do tema. “Vale ressaltar que minha esposa foi acometida por um câncer de mama precocemente detectado e isso foi o mais importante. Então, que as pessoas tenham precocemente o seu diagnóstico, se isso vier a acontecer. O esclarecimento através da mídia, seja ela impressa, televisiva, de rádio é muito importante. As escolas também devem tomar essa frente, fazendo palestras para que realmente o diagnóstico seja eficaz”, opina.
Campanha
Com o slogan “O Pará unido no controle do câncer de mama”, a campanha tem o objetivo de chamar a atenção da população sobre a prevenção e o diagnóstico precoce da doença. A Sespa, com o apoio do Comitê Estadual de Controle do Câncer de Colo de Útero e Mama, e de outros órgãos públicos e privados, realizará outras ações educativas, como palestras e orientações sobre a doença. Também haverá iluminação cor de rosa no Tribunal de Justiça do Estado do Pará, Caixa d’Água de São Brás, Coreto da Praça Batista Campos, Teatro da Paz, Laboratório Amaral Costa, além de Bancos Públicos e Privados.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%. De acordo com o Inca, a estimativa de incidência é de 830 casos de câncer de mama no Pará, sendo 360 só em Belém.
A enfermeira especialista em oncologia, Michele Monteiro, do Comitê Estadual de Controle do Câncer de Colo de Útero e Mama, ressaltou que as mulheres acima de 40 anos precisam redobrar os cuidados e fazer uma avaliação médica regular mesmo que não apresentem nenhuma sintomatologia. “A campanha Outubro Rosa visa fomentar a importância da prevenção. Temos que mostrar às mulheres que é fundamental a questão da promoção e prevenção em saúde, principalmente no que tange a alimentação e a saúde mental, visto que estresse contribui para o desenvolvimento de doenças”, disse.
A secretária adjunta da Sespa, Heloísa Guimarães, destacou que durante a Campanha Outubro Rosa de 2013 o Governo do Pará assumiu o compromisso de agilizar o atendimento das mulheres inscritas para a cirurgia de câncer de mama ou daquelas que tinham suspeita de estar com nódulo. “Este compromisso foi confirmado pelo número de cirurgias que têm sido realizadas. Estamos promovendo mutirões mensais para exérese de mama (retirada de nódulos), para tratamento de lesões benignas e diagnóstico precoce de câncer, além das cirurgias de alta frequência de colo de útero, com apoio do Ophir Loyola e do Centro Hospitalar Jean Bitar”, afirmou.  
Segundo a diretora a Unidade Especializada Materno Infantil (Uremia), Nazaré Falcão, o Pará aumentou significativamente o número de mamografias realizadas
Segundo a diretora a Unidade Especializada Materno Infantil (Uremia), Nazaré Falcão, o Pará aumentou significativamente o número de mamografias realizadas. Em 2011 foram feitas 31.612 exames, em 2012 35.878 e 38.135 em 2013. Até julho deste ano foram realizadas 25.437 mil mamografias em todo o Estado.  
“Em 2014 o número de mamografias vai ultrapassar essa média. Já batemos o recorde de exérese de mama , com 242 procedimentos, além das 492 punções e biópsias realizadas em mulheres para prevenção da doença”, finalizou a diretora.
A enfermeira especialista em oncologia, Michele Monteiro, ressaltou que as mulheres acima de 40 anos precisam redobrar os cuidados e fazer uma avaliação médica regular



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* Colaborou Edna Sidou - Ascom Sespa
Ana Paula Bezerra

Secretaria de Estado de Comunicação

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