quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Presos com tornozeleira eletrônica têm benefício suspenso em SP


Três detentos que deixaram o presídio para passar o Natal e o Ano Novo em casa e que eram monitorados por meio de tornozeleiras eletrônicas tiveram o benefício suspenso pelo juiz corregedor de presídios de Limeira, a 151 km de São Paulo, segundo informações do Tribunal de Justiça de São Paulo. O trio descumpriu regras da saída temporária. Eles passariam o Natal e o Réveillon com suas famílias, mas deveriam permanecer em casa das 22h às 6h, o que não aconteceu.


O juiz Luiz Augusto Barrichello Neto acompanhou o monitoramento dos presos, acertando detalhes com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), polícias Militar e Civil. Um dos presos que teve o benefício suspenso havia sido condenado a cinco anos de reclusão por tráfico de drogas, cumpriu parte da pena em regime fechado, conseguiu progressão ao semiaberto - em cumprimento no Centro de Ressocialização (CR) de Limeira - trabalhando durante o dia e pernoitando na cadeia.

A central de monitoramento da SAP, responsável pelo rastreio e paradeiro de todos os presos com tornozeleiras, detectou que o sentenciado circulou por vários bairros da cidade nas madrugadas dos dias 25 e 26.

Em relatório produzido pela central de monitoramento e fornecido ao juiz, constavam os períodos das irregularidades e imagens feitas por satélite do trajeto do detento. Dentro das 24 horas do recebimento da comunicação, o preso, após ter sido localizado pela polícia com o auxílio da tornozeleira, já estava sendo ouvido em audiência pelo juiz e sua saída temporária acabou sendo suspensa. O detento negou o fato. Por isso, foi instaurado um procedimento disciplinar e, se comprovada a irregularidade, ele poderá voltar ao regime fechado.


Também em Limeira, o magistrado suspendeu ainda o benefício de outros dois presos que não cumpriram devidamente as regras. Houve ainda casos que os detentos voltaram para casa com um pequeno atraso ou se distanciaram do perímetro autorizado. Nesses casos, o juiz os advertiu e eles continuaram com a saída temporária.

Na avaliação do juiz, no entanto, o uso da tornozeleira foi aprovada. “Na prática e pela minha experiência, pude constatar que a fase piloto do equipamento foi bem sucedida, pois as providências necessárias ao serem verificadas as irregularidades foram tomadas. Isso só foi possível por meio do monitoramento online deles feitos pela tornozeleira”, declarou.


Fonte e Foto: G1

0 comentários:

Postar um comentário