terça-feira, 30 de março de 2010

Presas receberam atendimento médico e de beleza




O Conselho da Comunidade na Execução Penal de Foz do Iguaçu - em parceria com a Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu, SEST/SENAT, SESC, Conselho da Mulher Empresária - Acifi, Itaipu Binacional, Provopar e Consulado do Paraguai - promoveu dia 30 de março (terça -feira) um dia de ação social na Cadeia Pública Laudemir Neves, em Foz do Iguaçu. O evento, em comemoração ao Mês da Mulher, contemplará as 170 detentas atualmente abrigadas naquela unidade e tem como objetivo garantir melhor qualidade de vida às presas.

Entre os objetivos da ativida está chamar a atenção das autoridades para a necessidade de construção imediata da Penitenciária Feminina Estadual em Foz do Iguaçu. O terreno já foi adquirido e o orçamento prévio para a edificação está pronto. Ao todo, devem ser gastos R$ 7 milhões, divididos entre os governos federal e estadual.


Para a presidente do Conselho, a advogada Luciane Ferreira, a construção da penitenciária não vai apenas significar o encarceramenteo, mas permitirá a realização de trabalhos de re-inserção social. “Organizamos estes mutirões porque não há ambulatório médico ou espaço para as detentas participarem de algumas atividades”, disse.


A maioria delas passava anos sem atendimento médico ou odontológico. Elisangela Borges cumpre pena na Cadeia Pública há dois anos e sete meses. Para ela, o dia de atividades representou momentos de alegria. “Ficamos confinadas em quatro paredes. Este é o momento de conversar, conhecer pessoas novas e ficar bonita”, disse.

Condições precárias

Embora a legislação brasileira dê às presas grávidas o direito de permanecerem com os filhos durante os seis primeiros meses do bebê ou no período da amamentação, por falta de infraestrutura elas são obrigadas a deixar o filho com a família ou destinar para adoção logo após o parto.

As presas vivem em situações bem precárias, para não dizer subumanas. O espaço está superlotado. As 163 detentas estão divididas em 16 celas, onde a capacidade é para abrigar 64 mulheres. “Aqui o espaço é para quatro, mas estamos em 11”, disseram.

A cadeia era para ser provisória, enquanto não ocorre o julgamento. Mas, como não há uma penitenciária feminina, a maioria, já julgada, continua no mesmo local. “O que era para ser provisório acaba tornando-se definitivo. As mulheres correspondem a mais de 60% da população carcerária da unidade”, explicou Luciane.

Atividade semelhante já foi realizada duas vezes no ano passado, a primeira também em comemoração ao Mês da Mulher, e a segunda no Mês das Mães.

Na lista de atividades desenvolvidas estão:

. corte de cabelo

. exames Papanicolau

. testes rápidos de HIV, triglicerídeo e glicemia

. aferição de pressão arterial

. orientação de higiene bucal

. distribuição de kits de produtos de higiene pessoal e cestas-básicas.



Apoio:

Conselho Municipal dos Direitos da Mulher

OAB/Foz – Comissão dos Direitos Humanos

Pastoral Carcerária

Lyons Itaipu Foz

Cadeia Pública Laudemir Neves

Centro de Detenção e Ressocialização

Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu

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Fonte e Fotos: JIE

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