O levantamento, realizado com mil entrevistados de 70 cidades brasileiras, incluindo nove regiões metropolitanas, revela que para 71% dos entrevistados é preciso dar atenção às condições de vida da população para evitar que o jovem se envolva no crime. Isso passa por condições favoráveis no setor de moradia, saúde, educação e no emprego. Há cinco anos, 59% das pessoas consultadas responderam dessa forma.
Em relação à pesquisa anterior, diminuiu de 39% para 28% o número de pessoas que consideram mais importante investir no aparato policial e em leis mais severas. Por outro lado, aumentou em cinco pontos percentuais o número de brasileiros que defendem melhores salários e condições de trabalho para os policiais.
Análise
O sociólogo e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Lindomar Bonetti concorda que o investimento social é mais eficaz no combate ao crime. “A população está tendo uma visão mais clara que as autoridades”, diz. Para ele, coibir a violência pela repressão só funciona em curto prazo porque traz resultados imediatos. No entanto, a estratégia não acaba com o problema. Apesar disso, o professor ressalta que não se pode descartar a repressão.
Na avaliação de Bonetti, o Estado hoje não tem presença acentuada nos espaços públicos marcados pelos conflitos sociais. É preciso mais ações relativas à educação, lazer e trabalho. No Paraná, lembra, as cidades têm uma boa infraestrutura nas regiões centrais. Em contrapartida, os bairros são desprovidos de espaços para a população.
Professor da Faculdade Dinâmica das Cataratas, em Foz do Iguaçu, Alex Araújo diz que a opção dos brasileiros por medidas sociais no combate à violência é resultado da maior circulação de informações na mídia, incluindo a internet. O posicionamento da população, evidenciado pela pesquisa, ainda indica o fracasso do sistema prisional do país. “A população começa a ter um certo grau de esclarecimento a partir de críticas feitas por formadores de opinião e da mídia”, analisa.
Para ele, não há outra saída para retrair o crime que não passe pelas medidas sociais. No entanto, o resultado é em longo prazo. O investimento feito hoje em um jovem não terá retorno imediato, porém é necessário.
Fonte e Info : Gazeta do Povo
A população também valoriza o lazer. Pelo menos 17% dos entrevistados são a favor da oferta de mais atividades recreativas para crianças de 7 a 14 anos fora do horário escolar. Na última pesquisa, o índice era de 14%.
Análise
O sociólogo e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Lindomar Bonetti concorda que o investimento social é mais eficaz no combate ao crime. “A população está tendo uma visão mais clara que as autoridades”, diz. Para ele, coibir a violência pela repressão só funciona em curto prazo porque traz resultados imediatos. No entanto, a estratégia não acaba com o problema. Apesar disso, o professor ressalta que não se pode descartar a repressão.
Na avaliação de Bonetti, o Estado hoje não tem presença acentuada nos espaços públicos marcados pelos conflitos sociais. É preciso mais ações relativas à educação, lazer e trabalho. No Paraná, lembra, as cidades têm uma boa infraestrutura nas regiões centrais. Em contrapartida, os bairros são desprovidos de espaços para a população.
Professor da Faculdade Dinâmica das Cataratas, em Foz do Iguaçu, Alex Araújo diz que a opção dos brasileiros por medidas sociais no combate à violência é resultado da maior circulação de informações na mídia, incluindo a internet. O posicionamento da população, evidenciado pela pesquisa, ainda indica o fracasso do sistema prisional do país. “A população começa a ter um certo grau de esclarecimento a partir de críticas feitas por formadores de opinião e da mídia”, analisa.
Para ele, não há outra saída para retrair o crime que não passe pelas medidas sociais. No entanto, o resultado é em longo prazo. O investimento feito hoje em um jovem não terá retorno imediato, porém é necessário.
Fonte e Info : Gazeta do Povo
Publicado em 04/04/2012 | Denise Paro, da sucursal
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